SESSÃO I
PO 01
Qualidade de Vida Relacionada à Saúde de Pacientes Portadores de Prótese Valvar em uso de Anticoagulantes Orais
Thaisa Remigio Figueiredo, Maria Mariana Barros Melo da Silveira, Christefany Regia Braz Costa, Eduardo Tavares Gomes, Andrey Vieira de Queiroga, Hirla Vanessa Soares de Araújo, Gabrielle Pessoa da Silva, Glayce Renata Ferreira de Carvalho, Thamires Tavares da Silva, Monique Oliveira do Nascimento, Rossana Leitão Viana, Paulo Cesar da Costa Galvão, Michellane de Miranda Pontes, Karolayne Vieira de Souza, Camila Torres Amorim, Adriely Victor de Siqueira, Simone Maria Muniz da Silva Bezerra
INTRODUÇÃO: Os anticoagulantes orais são fármacos utilizados com o objetivo de diminuir o tempo de coagulação do sangue, estando indicados após a substituição de valvas cardíacas por próteses biológicas e mecânicas. Nesta perspectiva, a investigação da Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (QVRS) constitui-se em requisito fundamental para a garantia de um melhor planejamento da assistência, sucesso terapêutico e promoção da saúde.
OBJETIVO: Investigar a QVRS de pacientes portadores de prótese valvar em uso de anticoagulantes orais.
MÉTODOS: Estudo transversal, realizado no Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco Professor Luiz Tavares (PROCAPE), no período de Março a Junho de 2015. Para coleta de dados foram utilizados um formulário estruturado elaborado pelos autores e a Escala de Satisfação da Anticoagulação de Duke (PELEGRINO et al., 2011). A pesquisa seguiu as regulamentações da Resolução nº 466/2012, aprovada por Comitê de Ética em Pesquisa, parecer nº 983.937.
RESULTADOS: Foram entrevistados 82 indivíduos, sendo maioria feminina (74,4%) com idade média de 46 anos. Ao avaliar a QVRS observou-se uma média alta dos escores (82,90±19,47) indicando menor satisfação com o uso dos anticoagulantes orais e maior impacto do tratamento na qualidade de vida. Estiveram associados a piores avaliações da QVRS, a renda de até 1 salário mínimo (P=0,015) e o desenvolvimento de atividades ocupacionais (P=0,046).
CONCLUSÃO: Considerando a importância e necessidade de desenvolvimento de estratégias educativas voltadas para o enfrentamento das dificuldades apresentadas pelos usuários de anticoagulantes orais, ressalta-se a atuação do enfermeiro como integrante de equipes multidisciplinares responsáveis pelo acompanhamento ambulatorial dessa população.
PO 02
Adesão Farmacológica de Pacientes Portadores de Prótese Valvar em uso de Anticoagulantes Orais
Maria Mariana Barros Melo da Silveira, Thaisa Remígio Figueiredo, Christefany Régia Braz Costa, Hirla Vanessa Soares de Araújo, Andrey Vieira de Queiroga, Eduardo Tavares Gomes, Gabrielle Pessôa da Silva, Thamires Tavares da Silva, Glayce Renata Ferreira de Carvalho, Phelipe Gomes de Barros, Rossana Leitão Viana, Michellane de Miranda Pontes, Camila Torres Amorim, Adriely Victor de Siqueira, Monique Oliveira do Nascimento, Paulo Cesar da Costa Galvão, Simone Maria Muniz da Silva Bezerra
INTRODUÇÃO: Os medicamentos representam um suporte essencial da prática em saúde, e tem sofrido considerável aumento em seu uso devido à significativa prevalência de doenças crônicas. Nesse contexto, estão incluídos os anticoagulantes, que possuem inúmeras indicações e atuam na prevenção e gerenciamento de eventos tromboembólicos, decorrentes de cardiopatias diversas e coagulopatias. Contudo, a eficácia e segurança desse tratamento requer adesão dos pacientes às recomendações.
OBJETIVO: Investigar a adesão farmacológica em pacientes portadores de prótese valvar sob terapia de anticoagulação oral.
MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa, realizado com pacientes em uso de anticoagulante orais acompanhados ambulatorialmente. Para este estudo foi utilizada a escala de adesão aos medicamentos de Morisky. A pesquisa seguiu as regulamentações da Resolução nº 466/2012, aprovada por Comitê de Ética em Pesquisa, parecer nº 1.251.331.
RESULTADOS: Dentre os pacientes entrevistados, 34,1% (28) eram aderentes à terapia, 65,9% (54) eram não-aderentes. Dentre os não-aderentes, 83,3% (54) eram não-aderentes não-intencional, 5,55% (3) não-aderente intencional e 11,11% (6) não-aderente não-intencional e intencional. O gasto com a medicação foi relatado por 91,5% (75) dos indivíduos e 64,6 (63) % referiram o gasto com o transporte. Dentre os pacientes não-aderentes 96,3% referiam gasto positivo com o medicamento, contra 3,7% que não relataram esse gasto (P= 0,043)
CONCLUÇÃO: Os resultados evidenciam a adesão farmacológica como insuficiente entre os pacientes portadores de prótese valvar em uso de anticoagulantes acompanhados ambulatorialmente, sinalizando a necessidade de investimentos em intervenções que possam garantir o conhecimento necessário, melhorar a adesão e diminuir as complicações.
PO 03
Qualidade de Vida de Pacientes Submetidos à Cirurgia de Revascularização do Miocárdio
Hirla Vanessa Soares de Araujo, Christefany Régia Braz Costa, Gabriela Freire de Almeida Vitorino, Maria Mariana Barros Melo da Silveira, Mayara Inácio de Oliveira, Rebeka Maria de Oliveira Belo, Phelipe Gomes de Barros, Mariana Vaz Carvalho De Queiroz, Thamires Tavares da Silva, Garielle Pessôa da Silva, Glayce Renata Ferreira de Carvalho, Suelen Olívia da Silva, Danielle Cristina Pimentel Cabral, Eduardo Tavares Gomes, Andrey Vieira de Queiroga, Thaisa Remígio Figueiredo, Simone Maria Muniz da Silva Bezerra
INTRODUÇÃO: Segundo Mattos e colaboradores no Brasil, a Doença Arterial Coronariana (DAC) foi responsável pela ocorrência de mais de 100.000 óbitos em 2011. Intervenções nos fatores de risco para a DAC, como mudanças nos hábitos de vida e procedimentos cirúrgicos, podem interferir no estado emocional, físico, social e na qualidade de vida do paciente como um todo.
OBJETIVO: Avaliar a qualidade de vida de pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio.
MÉTODOS: Estudo transversal de caráter exploratório, com abordagem quantitativa, realizado em 75 pacientes revascularizados. Foi utilizado para avaliação da qualidade de vida o WHOQOL-Bref. A pesquisa seguiu as regulamentações da Resolução nº 466/2012, aprovada por Comitê de Ética em Pesquisa, parecer nº 1.159.753.
RESULTADOS: O domínio psicológico apresentou melhor escore em relação aos demais. Pacientes de Recife e Região Metropolitana tiveram uma pior avaliação da qualidade de vida no domínio relações sociais. Já os de baixa renda tiveram uma pior avaliação no domínio Meio Ambiente. Pacientes diabéticos, tabagistas e etilistas tiveram uma pior avaliação no domínio físico e pacientes com doença renal apresentaram pior avaliação em todos os domínios, com exceção para o domínio meio ambiente. Todos esses resultados apresentaram relação significativa após análise estatística.
CONCLUSÃO: O desencadeamento de ações coletivas e/ou individuais aos pacientes da pesquisa, os quais apresentam fatores de risco cardiovasculares associados, deve ter como objetivo principal estimular essas ações de promoção da saúde, com foco em não apenas minimizar o risco de complicações, mas também de aumentar as chances de melhoria da QV da população.
PO 04
Análise da Mortalidade Cirúrgica de Cardiopatias Congênitas Utilizando o Escore de Risco RACHS-1.
Nayana Maria Gomes de Souza, Candice Torres de Melo Bezerra Cavalcante, Valdester Cavalcante Pinto Júnior, Klébia Magalhães Pereira Castello Branco, Ronald Guedes Pompeu, Andreia Consuelo de Oliveira Teles, Giselle Viana de Andrade, Kiarelle Lourenço Penaforte, Silvania Braga Ribeiro
INTRODUÇÃO: O escore RACHS-1 é um modelo simples, que pode ser aplicado facilmente, tem sido amplamente empregado para comparação de mortalidade nos serviços cardiovasculares pediátricos. Ele baseia-se na classificação de diversos procedimentos cirúrgicos, paliativos ou corretivos, que possuem mortalidade semelhante no tratamento das cardiopatias congênitas.
OBJETIVO: Analisar a mortalidade intra-hospitalar em pacientes pediátricos.
MÉTODOS: Foi realizada uma análise retrospectiva dos dados, no período de janeiro de 2003 a dezembro de 2014. As cirurgias foram divididas em dois períodos de seis anos para verificar qualquer melhoria nos resultados. Foram avaliados os números de procedimentos realizados, a complexidade da cirurgia e a mortalidade hospitalar.
RESULTADOS: Foram realizadas 3201 cirurgias. Destas, 3071 foram capazes de ser classificadas de acordo com o escore RACHS-1. Entre os pacientes, 51,7% eram do sexo masculino e 47,5% eram menores de um ano de idade. A categoria RACHS-1 mais comum foi a 3 (35,5%). A mortalidade foi de 1,8%, 5,5%, 14,9%, 32,5% e 68,6% para a categoria 1,2,3,4 e 6, respectivamente. Houve um aumento significativo no número de cirurgias (48%) e uma redução significativa na mortalidade, no último período analisado (13,3% no período I e 10,4% no período II (P=0,014).
CONCLUSÃO: O Escore RACHS-1 foi um resultado útil para o risco de mortalidade em nosso serviço, embora estejamos conscientes de que outros fatores têm um impacto sobre a mortalidade total.
PO 05
Utilização de Cobertura Integrada com Tecnologia de Hidrocolóide e Hidrofibra com Prata na Prevenção de Infecção de Ferida Operatória de Pacientes Submetidos a Cirurgia Cardiovascular
Katherine Sayuri Ogusuku, Natalia Ribeiro dos Anjos, Juliana Alves, Nina Suemi Karazawa, Terezinha Michele Matias, Sara Cristina da Silva, Celina Mayumi Saito, Walace de Souza Pimentel
INTRODUÇÃO: Infecção de ferida operatória (FO) é uma complicação grave após cirurgia cardíaca, associada a aumentos no tempo de permanência hospitalar, custos, morbidade e mortalidade.
OBJETIVO: Comparar dois tipos de coberturas: integrada com tecnologia de hidrocolóide e hidrofibra com prata, e convencional com gaze e micropore, na incidência de infecção em esternotomia mediana em pacientes submetidos a cirurgia cardíaca.
MÉTODOS: Estudo longitudinal, caso-controle, realizado em unidade de terapia intensiva de cirurgia cardíaca de um hospital universitário de grande porte da cidade de São Paulo, de setembro a novembro de 2013. Incluídos pacientes com idade superior a 18 anos com realização de cirurgia com esternotomia mediana. A escolha do curativo foi aleatória, realizado sorteio no dia da cirurgia. O curativo do estudo foi encaminhado ao centro cirúrgico e colocado ao final da cirurgia pelos cirurgiões, avaliado no 3ºPO e, se limpo, mantido até o 5ºPO onde era retirado, e se houvesse necessidade uma nova cobertura do estudo seria colocado, enquanto que o curativo convencional foi retirado na presença de umidade ou então no 2ºPO e refeito conforme protocolo institucional.
RESULTADOS: Avaliado 23 pacientes, nenhum apresentou infecção de FO. No grupo do curativo do estudo, 87,5% dos pacientes apresentaram ferida limpa e seca na retirada do curativo e apresentaram menos tempo de internação na UTI (5,5 dias).
CONCLUSÃO: O grupo cobertura do estudo apresentou melhores resultados clínicos e melhor aspecto da FO quando comparado ao grupo cobertura convencional. É ainda necessário estudos complementares para melhor avaliação e trazer maiores informações sobre o material em questão.
PO 06
Conhecimento de Pacientes Portadores de Prótese Valvar sobre a Terapia com Anticoagulantes Orais
Thaisa Remigio Figueiredo, Maria Mariana Barros Melo da Silveira, Christefany Regia Braz Costa, Eduardo Tavares Gomes, Andrey Vieira de Queiroga, Hirla Vanessa Soares de Araújo, Monique Oliveira do Nascimento, Gabrielle Pessoa da Silva, Thamires Tavares da Silva, Glayce Renata Ferreira de Carvalho, Paulo Cesar da Costa Galvão, Rossana Leitão Viana, Michellane de Miranda Pontes, Karolayne Vieira de Souza, Phelipe Gomes de Barros, Pollyanna Patricia Rodrigues Silva, Simone Maria Muniz da Silva Bezerra
INTRODUÇÃO: A substituição de valvas cardíacas por próteses biológicas e mecânicas constitui uma das principais indicações para o uso de anticoagulantes orais. Nesta perspectiva, a efetividade da terapia está condicionada a fatores como controle laboratorial rigoroso, mediante avaliação da Razão Normatizada Internacional (RNI), adesão farmacológica e conhecimento sobre o tratamento.
OBJETIVO: Verificar o conhecimento de pacientes portadores de prótese valvar sobre a terapia com anticoagulantes orais.
MÉTODOS: Foram avaliados 82 indivíduos acompanhados em ambulatório especializado no Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco (PROCAPE), no período de Março a Junho de 2015, utilizando-se um instrumento específico de 10 questões (ROCHA et al., 2010). De acordo com as opções de resposta (sabe, sabe parcialmente ou não sabe) foram atribuídas as pontuações, posteriormente classificadas considerando-se escores < 4 pontos (conhecimento insuficiente), >4 e <8 (conhecimento regular) e >8 (conhecimento adequado). A pesquisa seguiu as regulamentações da Resolução nº 466/2012, aprovada por Comitê de Ética em Pesquisa, parecer nº 704.220.
RESULTADOS: Dentre os entrevistados, 70,7% eram portadores de prótese valvar mecânica e 50% apresentaram conhecimento adequado sobre o tratamento. Houve significância estatística nas associações entre conhecimento adequado e indivíduos mais jovens (P=0,043) e entre o conhecimento não adequado e o menor tempo de acompanhamento ambulatorial (P=0,044).
CONCLUSÃO: Os resultados do presente estudo demonstram a necessidade de implementação de estratégias educativas que favoreçam a compreensão sobre o tratamento e necessidade de controle e acompanhamento rigorosos, estimulando a adesão farmacológica e reduzindo eventuais complicações hemorrágicas e tromboembólicas, diretamente relacionadas ao uso de anticoagulantes orais.
SESSÃO II
PO 07
Comparação da Frequência das Medicações Prescritas para os Pacientes Submetidos a Cirurgia Cardíaca Durante o Processo de Admissão até a Alta Hospitalar: Reconciliação Medicamentosa para Segurança do Paciente
Katherine Sayuri Ogusuku, Rogério de Almeida Portugal, Walace de Souza Pimentel, Diego Gaia
INTRODUÇÃO: Segurança do paciente e qualidade da assistência no uso de medicamentos têm sido foco de preocupação em nível mundial. Reconciliação medicamentosa (RM) é necessária com o intuito de minimizar a ocorrência de erros de medicação quando o paciente muda de nível de assistência à saúde.
OBJETIVO: Identificar as medicações utilizadas e comparar a frequência de uso das mesmas durante o processo de admissão até a alta hospitalar.
MÉTODOS: Estudo observacional, longitudinal, retrospectivo, realizado no período de 01 de outubro a 10 de novembro de 2015, em unidade de internação, semi intensiva e terapia intensiva em cirurgia cardíaca de um hospital universitário de grande porte da cidade de São Paulo. Foram incluídos todos os pacientes acima de 18 anos que realizaram cirurgia cardíaca com necessidade de internação na terapia intensiva. Os dados foram coletados diretamente do prontuário.
RESULTADOS: Avaliados 19 pacientes, observou-se que 21% não utilizavam medicações no domicílio, e na admissão 89% passaram a fazer uso de polifármacos, aumentando esta taxa no POI para 100%. Os dados serão mostrados em tabelas e gráficos posteriormente.
CONCLUSÃO: Polifarmácia está associada ao aumento do risco de reações adversas, incompatibilidade medicamentosa (IM) e erros de medicação. É imprescindível a reflexão da equipe multiprofissional, principalmente a equipe de enfermagem que executa a prescrição medica de forma sistemática e em horários pré-estabelecidos. Faz-se necessário maior estudo, porém já serviu como um alerta para maior vigilância durante o processo de prescrição, aprazamento e administração das medicações para minimizar os erros e IM graves.
PO 08
Conhecimento dos Cuidadores Sobre a Assistência Prestada a Crianças com Cardiopatia Congênita no Pré e Pós/Operatório de Cirurgia Cardíaca
Hirla Vanessa Soares de Araujo, Rebeka Maria de Oliveira Belo, Gabriela Freire de Almeida Vitorino, Mayara Inácio de Oliveira, Chistefany Régia Braz Costa, Maria Mariana Barros Melo da Silveira, Phelipe Gomes de Barros, Mariana Vaz Carvalho de Queiroz, Andrey Vieira de Queiroga, Jadiane Ingrid da Silva, Karyne Kirley Negromonte Gonçalves, Tamyres Millena Ferreira, Camila Torres Amorim, Suelen Olívia da Silva, Thiago José Albuquerque Sandes, Thaisa Remígio Figueiredo, Simone Maria Muniz da Silva Bezerra
INTRODUÇÃO: As cardiopatias congênitas são malformações cardíacas desenvolvidas durante o período fetal. Necessitam ser diagnosticadas e tratadas precocemente, uma vez que constituem risco importante de óbito.
OBJETIVO: Investigar o conhecimento dos cuidadores sobre a assistência aplicada a crianças com cardiopatias congênitas no pré e pós-operatório de cirurgia cardíaca.
MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, com abordagem quantitativa, realizado na enfermaria de Cardiopatias Congênitas no período de julho a outubro de 2015. A amostra foi composta por 117 cuidadores de crianças com cardiopatia congênitas internadas para serem submetidas a uma abordagem cirúrgica. Os dados foram coletados através de um formulário semi-estruturado pelos autores.
RESULTADOS: O sexo predominante foi feminino, com faixa etária entre 15 e 78 anos, sem companheiro, procedente de outras cidades do estado. Em relação aos cuidados no pré-operatório, os cuidadores afirmaram que as crianças devem estar em jejum, usar roupas e lençóis limpos, escovar os dentes, realizar a higiene diária e manter o adequado controle do peso para serem submetidas ao procedimento cirúrgico. Quando questionados sobre o pós-operatório, a maioria relatou a necessidade de trocar o curativo mesmo após a diminuição da liberação de secreção e de realizar a troca mais de uma vez ao dia e quando necessário.
CONCLUSÃO: A partir da investigação sobre o conhecimento dos cuidadores, identificamos a importância da enfermagem no processo saúde-doença da criança através de ações educativas a fim de fornecer conhecimento e informações visando melhorar a qualidade de vida e diminuir as reinternações e complicações pós-operatórias.
PO 09
Estado Nutricional de Crianças Submetidas à Cirurgia Cardíaca em um Serviço de Referência da Região Nordeste
Nayana Maria Gomes de Souza, Giselle Viana de Andrade, Candice Torres de Melo Bezerra Cavalcante, Valdester Cavalcante Pinto Júnior, Klébia Magalhães Pereira Castello Branco, Kiarelle Lourenço Penaforte
INTRODUÇÃO: Diante do panorama da desnutrição em nosso país, torna-se clara a importância de se estabelecer o diagnóstico nutricional para as crianças que se submeteram a cirurgia cardíaca. As crianças cardiopatas são consideradas parte de um grupo de alto risco nutricional.
OBJETIVO: Avaliar o estado nutricional de crianças abaixo de 10 anos submetidos a cirurgia cardíaca.
MÉTODOS: Foi realizada uma análise retrospectiva dos dados no período de janeiro de 2014 a dezembro de 2014. Nossa amostra foi composta por portadores de cardiopatias congênitas na faixa etária pediátrica (menores de 10 anos), que foram submetidos a cirurgias cardiovasculares (corretiva ou paliativa). As variáveis independentes foram: idade, gênero, tipo de cirurgia. A variável dependente foi a avaliação antropométrica (escala do percentil).
RESULTADOS: Foram realizadas 355 cirurgias. Destas, 308 foram capazes de ser realizada a avaliação do estado nutricional. Entre os pacientes, 50,8% eram do sexo masculino e 40,2% eram menores de um ano de idade, a mediana do peso foi de 12,1 kg (1,7-52,6 kg). Os principais procedimentos realizados foram ventriculosseptoplastia, shunt sistêmico pulmonar, atriosseptoplastia. Os percentis referentes aos índices comprimento/idade e peso/idade estiveram abaixo dos valores esperados (percentil <3) em 42,9% das crianças avaliadas.
CONCLUSÃO: De acordo com a classificação (percentil) os valores predominantes neste estudo concentram seus valores dentro da faixa de normalidade nutricional, porém, em contrapartida, essas crianças apresentaram risco para desenvolver alterações nutricionais neste período crítico de recuperação pós-cirurgia podendo aumentar as complicações pós-operatórias.
PO 10
Perfil Sociodemográfico e Clínico de Pacientes Portadores de Prótese Valvar em uso de Anticoagulantes Orais
Maria Mariana Barros Melo da Silveira, Thaisa Remígio Figueiredo, Christefany Régia Braz Costa, Hirla Vanessa Soares de Araújo, Gabriela Freire de Almeida Vitorino, Rebeka Maria de Oliveira Belo, Mayara Inácio de Oliveira, Pollyanna Patrícia Rodrigues Silva, Eduardo Tavares Gomes, Gabrielle Pessôa da Silva, Thamires Tavares da Silva, Glayce Renata Ferreira de Carvalho, Monique Oliveiera do Nascimento, Paulo Cesar da Costa Galvão, Karolayne Vieira de Souza, Andrey Vieira de Queiroga, Simone Maria Muniz da Silva Bezerra
INTRODUÇÃO: Os anticoagulantes orais têm demonstrado adequada eficácia e segurança, sendo considerados como opção cada vez mais frequente na prática clínica. As principais indicações de uso advêm da necessidade de prevenir e tratar tromboembolismo, como por exemplo, na substituição valvar. A terapia com anticoagulantes orais requer cuidados rigorosos, com o intuito de manter os níveis de coagulação sanguínea desejáveis, o bem-estar e a saúde do usuário.
OBJETIVO: Investigar o perfil sociodemográfico e clínico de indivíduos em uso de anticoagulantes orais.
MÉTODOS: Foram avaliados 82 pacientes acompanhados em ambulatório especializado de um hospital referência Norte-Nordeste em cardiologia, o Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco (PROCAPE), no período de Março a Junho de 2015, utilizando-se um instrumento específico elaborado pelos autores. A pesquisa seguiu as regulamentações da Resolução nº 466/2012, aprovada por Comitê de Ética em Pesquisa, parecer nº 1.251.331.
RESULTADOS: Dentre os participantes, 74,4% (61) eram do sexo feminino, 59,9% (49) eram pardos, 87,7% (72) com idade abaixo de 60 anos, 45,1% (37) eram casados ou mantinham união estável. Eram moradores de Recife ou Região Metropolitana 68,3% (56) dos indivíduos e 46,3% (58) eram aposentados/pensionistas. Quanto às variáveis clínicas, 70,7% (58) possuíam prótese mecânica, 91,5% (75) eram hipertensos e 8,5% (7) diabéticos, além dos 42,7% (35) que eram sedentários. A média do tempo de acompanhamento ambulatorial foi de 164,27±133,02 dias.
CONCLUSÃO: Os resultados obtidos fornecem subsídios para o planejamento da assistência de enfermagem aos usuários de anticoagulantes orais, com vistas à identificação e redução de possíveis complicações relacionadas à terapia.
PO 11
Tratamento Percutâneo da Insuficiência Mitral por MitraClip®: Relato do Primeiro Caso em Hospital da Região Sul
Roselene Matte, Luana Claudia Jacoby Silveira, Marcia Flores de Casco, Rejane Reich, Paola Severo Romero, Simone Marques dos Santos, Juliana Kruger, Camille Lacerda Correa, Graziella Aliti, Eneida Rejane Rabelo da Silva
INTRODUÇÃO: O dispositivo de válvula mitral percutânea MitraClip® apresenta-se como alternativa ao tratamento cirúrgico convencional para casos selecionados com insuficiência mitral degenerativa ou funcional, especialmente para pacientes com risco cirúrgico elevado.
OBJETIVO: Relatar o caso do tratamento percutâneo da insuficiência mitral por MitraClip® realizado pela primeira vez em hospital da região sul do Brasil.
MÉTODOS: Relato de caso. Paciente sexo feminino, 80 anos, com insuficiência cardíaca(IC) diastólica por insuficiência mitral, classe funcional II-III da NYHA, fibrilação atrial em uso de rivaroxabana (interrompido por cinco dias). Internou eletivamente em agosto de 2015.
RESULTADOS: Procedimento realizado em sala de Hemodinâmica, com paciente sob anestesia geral e guiado por ecocardiograma transesofágico tridimensional. Realizada punção em veia femoral direita e punção transeptal do átrio esquerdo com implante do dispositivo MitraClip®. Foi necessário realizar pericardiocentese no decorrer do procedimento. Controle ecocardiográfico demonstrou excelentes resultados. Hemostasia no sítio de punção foi obtido com dispositivo de encerramento por sutura. Paciente transferida para unidade coronariana em ventilação mecânica, com pequena dose de vasopressor. O tempo de procedimento foi de 220 minutos com a participação de quatro especialidades médicas, equipe de enfermagem composta por um enfermeiro e dois técnicos de enfermagem. A paciente evoluiu com suspensão do vasopressor e extubação no mesmo dia do procedimento. Apresentou sangramento no sítio de punção, controlado com compressão manual e infusão de hemoderivado.Recebeu alta hospitalar após cinco dias, estável clinicamente.
CONCLUSÃO: Concluímos que essa tecnologia inovadora beneficia pacientes com tratamento menos invasivo. O enfermeiro tem importante papel na organização do ambiente de trabalho e gestão da sua equipe frente a essa nova demanda na área de Hemodinâmica.
PO 12
Contribuições da Consulta de Enfermagem em Cirurgia de Valvas Cardíacas em Crianças e Adultos Jovens com Homoenxertos - Relato de Experiência
Nayana Maria Gomes de Souza, Giselle Viana de Andrade, Kiarelle Lourenço Penaforte, Silvania Braga Ribeiro
INTRODUÇÃO: Os homoenxertos representam um bom substituto valvar para crianças e adultos jovens por não necessitarem de anticoagulação, possuir maior resistência à infecção e por apresentarem bom desempenho hemodinâmico. O preparo do paciente no período pré-operatório é essencial, sendo o papel do enfermeiro determinante para o sucesso da intervenção.
OBJETIVO: Comparar as contribuições da consulta de enfermagem com o aumento do número de cirurgias de homoenxertos em crianças e adultos jovens.
MÉTODOS: Foi realizada uma análise retrospectiva dos dados, as cirurgias foram divididas em dois períodos: o primeiro período de janeiro 2000 a dezembro de 2009, correspondente a período que não existia o serviço de consulta de enfermagem e o segundo período de janeiro de 2010 a dezembro de 2015 após a implantação deste serviço. Foram avaliados os números e tipos de procedimentos realizados.
RESULTADOS: Foram realizadas 95 cirurgias. Destas, 52 foram implantes de homoenxerto em posição pulmonar, 20 implantes de homoenxerto em posição aórtica e 23 cirurgia de ROSS. Entre os pacientes, 74% eram do sexo masculino e a idade variou de 6 meses a 21 anos. Houve um aumento significativo no número de cirurgias segundo período (57,8%) em comparação com o primeiro período (42,1%).
CONCLUSÃO: As contribuições de enfermagem no período pré-operatório foram satisfatória em nosso serviço, diminuindo a lista de espera desses pacientes, minimizando assim as taxas de morbi-mortalidade.
PO 13
Assistência de Enfermagem a Paciente com Síndrome de Eisenmenger
Maria Mariana Barros Melo Silveira, Gabrielle Pessôa da Silva, Suelen Olivia da Silva, Glayce Renata Ferreira Carvalho, Thamires Tavares da Silva, Mariana Vaz Carvalho de Queiroz, Danielle Cristina Pimentel Cabral, Hirla Vanessa Soares de Araújo, Christefany Régia Braz Costa, Rebeka Maria de Oliveira Belo, Mayara Inácio de Oliveira, Gabriela Freire de Almeida Vitorino, Phelipe Gomes de Barros, Danielle Moura Amorim, Andrey Vieira de Queiroga, Thaisa Remígio Fiqueiredo, Simone Maria Muniz da Silva Bezerra
INTRODUÇÃO: A Síndrome de Eisenmenger trata-se da elevação da pressão pulmonar a níveis sistêmicos, causada pelo aumento da resistência vascular pulmonar com shunt reverso ou bidirecional através de comunicação intracardíaca ou aortopulmonar. (ALBRECHT, A. Rev. Sociedade de Cardiol do RS, Ano XIII nº 01, 2004).
OBJETIVO: Relatar o caso de paciente com Síndrome de Eisenmenger, bem como descrever a assistência de enfermagem a esse paciente.
MÉTODOS: Trata-se de relato de caso, realizado na enfermaria pediátrica de um hospital de referência em cardiologia, em julho/2015.
RESULTADOS: CSS, feminino, 13 anos, com história de dispnéia desde o nascimento. ECOTT (2003) diagnosticava CIV em via de entrada + HAP com PSAP 80mmhg e shunt E-D. Genitores recusaram procedimento cirúrgico. Há 2 anos encontra-se sem acompanhamento médico. Ao realizar novo ECOTT, foi constatada PSAP=150mmHG. Ao exame físico encontrava-se consciente, hipocorada, cianótica. RCR em 2T, Sopro Sistólico em BEEB, B2 hiperfonética. Impulsão sistólica de meso +, baqueteamento digital +. A assistência de enfermagem foi baseada nos seguintes diagnósticos e intervenções: Conhecimento deficiente sobre a patologia e seu tratamento relacionado à falta de informações (I- Explicar a paciente e familiares a doença e importância do tratamento clínico), Risco de infecção pulmonar relacionado a estase de líquidos no pulmão (I- Orientar sobre a importância da vacinação para a influenza) e Troca gasosa prejudicada relacionada ao aumento da resistência vascular pulmonar (I- Avaliar sinais e sintomas de dispnéia).
CONCLUSÃO: Traçar a assistência de enfermagem auxiliou a compreensão da doença e direcionou a assistência, permitindo um cuidado holístico, individualizado e humanizado.
PO 14
Sistematização da Assistência de Enfermagem de Paciente Submetida à Correção Endovascular de Aneurisma de Croça de Aorta e Dissecção de Aorta Descendente
Danielle Moura Amorim, Phelipe Gomes de Barros, Maria Mariana Barros Melo da Silveira, Christefany Régia Braz Costa, Gabrielle Pessôa da Silva, Thamires Tavares da Silva, Glayce Renata Ferreira de Carvalho, Mariana Vaz Carvalho de Queiroz, Suelen Olivia da Silva, Danielle Cristina Pimentel Cabral, Hirla Vanessa Soares de Araújo, Mayara Inácio de Oliveira, Rebeka Maria de Oliveira Belo, Gabriela Freire de Almeida Vitorino, Thaisa Remígio Figueiredo, Andrey Vieira de Queiroga, Eduardo Tavares Gomes
INTRODUÇÃO: A Sistematização da Assistência de Enfermagem, segundo Souza é uma metodologia de organização, planejamento e execução de ações individualizadas voltadas ao cuidado integral, constituindo importante processo de trabalho para os Enfermeiros.
OBJETIVO: Relatar a realização da Sistematização da Assistência de Enfermagem em paciente submetida à correção endovascular de Aneurisma de Croça da Aorta, Dissecção de Aorta Torácica e confecção de shunt Artéria Carótida Esquerda - Artéria Subclávia.
MÉTODOS: Trata-se de um relato de caso com informações coletadas através de exame clínico e prontuário, realizado em um Hospital Universitário em Pernambuco.
RESULTADOS: 65 anos, sexo feminino, internada queixando-se de dor precordial de média intensidade irradiando para mandíbula-dorso, rouquidão, odinofagia e disfagia. Negava alergias, tabagismo e etilismo. Realizou esplenectomia após trauma há 5 anos. Tomografia evidenciou dilatação aneurismática em Croça da Aorta, estendendo-se até nível de transição tóraco-abdominal, além de flap de dissecção que se iniciava em joelho posterior da Croça progredindo além da bifurcação Ilíaca. Realizada correção endovascular de saco aneurismático e dissecção da Aorta Abdominal com uso de Endoprótese, confecção de shunt Carotídeo Esquerda-Subclávia Esquerda. Os principais diagnósticos de Enfermagem encontrados foram: Intolerância à atividade, Risco de Perfusão Tissular Cardíaca Diminuída, Risco de Perfusão Renal Ineficaz, Risco de Perfusão Tissular Cerebral Ineficaz, Risco de Infecção, Deglutição Prejudicada, Risco de nutrição desequilibrada Ansiedade, Risco de Sangramento, Comunicação Verbal Prejudicada, Recuperação Cirúrgica Retardada.
CONCLUSÃO: Os diagnósticos de enfermagem encontrados subsidiam tomada de decisão, evidenciam a complexidade do procedimento executado e demandam cuidados específicos voltados para o restabelecimento das funções cardiovasculares afetadas.
PO 15
A Sistematização do Cuidado de Enfermagem no Pós-Operatório de Denervação Renal Simpática
Denis Fernandes da Silva Ribeiro, Barbara Silvestre da Silva Pereira, Diana Ruth Farias Araujo Gaspar, Iza Cristina dos Santos, Karla Valéria Pacheco Teixeira da Silva Arcoverde
INTRODUÇÃO: Inúmeras abordagens tem surgido para o tratamento da Hipertensão Arterial Resistente (HAS) e uma delas é a Denervação Renal (DR) simpática, pois segundo Esler et al. (2010 apud BORTOLOTTO e cols., 2013) sabe-se que a liberação de renina, pela inervação simpática renal, tem importância no desenvolvimento e manutenção da hipertensão
OBJETIVO: Apresentar um caso de Denervação Renal realizado em um hospital de referência em cardiologia e Aplicar a Sistematização da Assistência de Enfermagem no pós-operatório a paciente do caso.
MÉTODOS: Trata-se de um Relato de Caso, que se deu pelo cuidado a uma paciente no período pós-operatório de uma cirurgia percutânea de Denervação Renal, em um hospital referência de Cardiologia do município do Rio de Janeiro, no mês de setembro de 2015.
RESULTADOS: Pelo histórico de Hipertensão Arterial Resistente à terapêutica farmacológica e não farmacológica paciente foi submetida ao procedimento de Denervação Renal pelo método de ablação por radiofrequência, percutâneo, via acesso arterial femoral direito, ocorrendo ablação de pontos das artérias renais e acessórias bilateralmente. Foi empregado então o processo de enfermagem nas suas fases histórico, diagnósticos, planejamento, intervenção e avaliação de enfermagem.
DISCUSSÃO: Os achados se mostraram de acordo com a literatura da temática.
CONCLUSÃO: É evidenciado nesse estudo que a DR é mais uma terapêutica revolucionária no tratamento da HAR. Além dos cuidados no pós-operatório e a avaliação da função renal, é necessário que o enfermeiro forneça orientações e esclarecimentos adequados sobre o procedimento e acompanhamento para os pacientes e familiares, visando uma efetiva recuperação e promoção da saúde.
PO 16
Hipertensão Arterial Pulmonar Secundária a Cardiopatia Congênita: Acompanhamento Clínico em um Centro de Referência
Kiarelle Lourenço Penaforte, Silvania Braga Ribeiro, Nayana Gomes de Souza, Giselle Viana de Andrade, Klébia Castelo Branco, Candice Torres de Melo Bezerra Cavalcante, Valdester Cavalcante Pinto Júnior, Isabel Cristina Leite Maia, Ronald Guedes Pompeu
INTRODUÇÃO: A Hipertensão arterial pulmonar é uma síndrome clínica e hemodinâmica caracterizada pelo aumento da resistência vascular na pequena circulação, elevando os níveis pressóricos na circulação pulmonar. Independentemente da etiologia, esta é grave e progressiva, resultando em disfunção ventricular direita, podendo levar ao óbito.
OBJETIVO: Descrever a condução terapêutica dos pacientes portadores de hipertensão arterial pulmonar acompanhados em um centro especializado.
MÉTODOS: Estudo com 146 pacientes com diagnóstico de hipertensão arterial pulmonar, no período de Out/2012 à Jan/2016, no Hospital Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, Fortaleza, Ce. A coleta de dados realizou-se a partir de um instrumento estruturado, incluindo variáveis sóciodemográficas e clinicas.
RESULTADOS: A amostra avaliada foi constituída em sua maioria por indivíduos do sexo feminino (62,3%), com prevalência do diagnóstico de CIV (29,5%) e 15,7% eram portadores de Síndrome de Down. Identificou-se que 54,7% não foram submetidos a cirurgia prévia, devido ao diagnóstico tardio. Os pacientes deste ambulatório são submetidos à avaliação clínica periódica, a cada três meses, para avaliação dos sinais de insuficiência ventricular direita, da classe funcional, do teste de caminhada de 6 minutos e de ecocardiografia. Quanto a terapia medicamentosa implementada, a maioria está em uso de sildenafila (75,0%) e a associação da sildenafila com a bosentana foi identificada em 11 (7,5%) pacientes.
CONCLUSÃO: O atendimento ambulatorial em centro de referencia, propicia uma terapêutica adequada, otimizando de sobremaneira a qualidade de vida desses pacientes, assim reforça-se a necessidade de investigação ativa para o diagnóstico definitivo e precoce desta patologia.
PO 17
Consulta de Enfermagem a Criança Submetida ao Transplante Cardiaco: Um Relato de Experiência
Kiarelle Lourenço Penaforte, Silvania Braga Ribeiro, Nayana Maria Gomes, Giselle Viana de Andrade, Nelimar Lacerda, Isabelle Barbosa, Silvania Braga Ribeiro, Nayana Maria Gomes, Giselle Viana de Andrade, Nelimar Lacerda, Isabelle Barbosa
INTRODUÇÃO: A implementação da consulta de enfermagem a clientes no pós operatório de transplante cardíaco na pediatria, constitui-se numa estratégia tecnológica de cuidado importante e resolutiva, necessitando do embasamento de sua prática em evidências, com o intuito de reduzir o impacto negativo dos desfechos clínicos mediante as complicações tardias do transplante.
OBJETIVO: Descrever a experiência da realização da consulta de enfermagem no atendimento a crianças submetidas ao transplante cardíaco.
MÉTODOS: Realizado um relato de experiência, com o propósito de evidenciar os principais componentes de uma consulta de enfermagem a criança transplantada cardíaca. Estudo descritivo, com abordagem qualitativa, realizado no mês de Janeiro/2016 no Hospital Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, Fortaleza, CE.
RESULTADOS: A consulta de Enfermagem a criança no pós transplante é realizada periodicamente, esta exige uma capacitação técnico-cientifica para atuar de forma especifica no reconhecimento dos quadros de infecção e rejeição aguda. Assim, esta consulta engloba uma avaliação holística da criança, em que o Enfermeiro é responsável pela anamnese detalhada, coleta e avaliação de exames laboratoriais, interpretação do ECG, reconhecimento dos sinais de alerta, entre outros fatores.
CONCLUSÃO: A consulta de enfermagem é respaldada por lei, privativa do enfermeiro e oferece inúmeras vantagens na assistência prestada, facilitando a promoção da saúde, o diagnóstico e o tratamento precoces, além da prevenção de situações evitáveis.
PO 18
Assistência de Enfermagem ao Paciente com Insuficiência Mitral - Estudo de Caso
John Nilberick de Castro Bento, Nayara Costa Lima
INTRODUÇÃO: Insuficiência Mitral (IM) ou Regurgitação Mitral define o retorno do fluxo sanguíneo do ventrículo esquerdo em direção ao átrio esquerdo, a cada contração do ventrículo esquerdo (sístole), devido ao mal funcionamento da válvula mitral. Tal desordem pode ser desencadeada por problemas em um ou mais folhetos, no ânulo mitral ou alterações nas cordas tendíneas e músculos papilares. Dentre as causas primárias deste agravo se destacam o prolapso da válvula mitral, endocardite infecciosa, febre reumática, traumas e deformidades congênitas.
OBJETIVO: Elaborar e descrever os cuidados de enfermagem a ser implementados a partir da sistematização da assistência de enfermagem ao paciente com insuficiência mitra; Relacionar as respostas do paciente em relação aos cuidados implementados e sua evolução clínica no período pré e pós-operatório.
MÉTODOS: Trata-se de um estudo de caso que foi realizado através da aplicação da sistematização de assistência em enfermagem ao paciente com insuficiência mitral no ano de 2015 em um hospital público terciário de referência para tratamento de doenças cardiovasculares.
RESULTADOS: Com a implementação da sistematização da assistência, onde apontamos diagnósticos como risco de padrão respiratório ineficaz e risco de débito cardíaco diminuído, o paciente pode evoluir de forma satisfatória em relação aos quadros clínico e emocional durante o período pré e pós-operatório resultando em uma otimização no tempo para a alta hospitalar.
CONCLUSÃO: A implementação da sistematização da assistência foi essencial para recuperação da paciente, onde foi possível nortear os membros equipe de enfermagem da unidade na instituição em questão, através de diagnósticos de enfermagem específicos, sobre cuidados para essa clientela.
PO 19
Implentação de um check-list para Enfermeiros na Assistência a Criança Submetida a Cirurgia Cardíaca: um Relato de Experiência
Kiarelle Lourenço Penaforte, Silvania Braga Ribeiro, Nayana Gomes de Souza, Giselle Viana de Andrade, Isabelle Barbosa, Nelimar Lacerda
INTRODUÇÃO: A assistência integral à saúde configura-se como uma ferramenta essencial para a promoção, prevenção, cura e reabilitação no processo de saúde. Nesse sentido, o Enfermeiro preocupa-se com a melhoria da prestação dessa assistência, embasando sua prática em evidências.
OBJETIVO: Relatar a experiência da utilização de um check list na assistência de enfermagem a criança cardiopata submetida a cirurgia cardíaca.
MÉTODOS: Estudo descritivo, com abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência. Realizado em Jan/2016, em uma unidade de terapia intensiva pós operatório de cirurgia cardíaca do Hospital Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, Fortaleza, Ce. Foi elaborado um check-list visando padronizar e direcionar a assistência dos enfermeiros do referido setor. Este contempla os seguintes requisitos: Avaliação infusão do acesso venoso central, fixação do tubo orotraqueal, máscara de reanimação adequada, vazão das drogas vasoativas, mudança de decúbito, curativo da incisão cirúrgicas, bem como demais coberturas e monitorização.
RESULTADOS: A prestação de uma assistência segura e de qualidade envolve a interação da equipe incorporando a comunicação efetiva, o cuidado individualizado de clientes graves. Dessa forma, a partir da utilização do check-list para os enfermeiros, pode-se evidenciar que este é uma ferramenta útil, que trouxe resultados satisfatórios, visto que além de direcionar a assistência padronizada, também proporciona o registro das atividades do Enfermeiro.
CONCLUSÃO: Percebeu-se que a implementação de um check-list demonstrou uma interação e padronização no serviço de enfermagem, potencializando a assistência segura das crianças submetidas a cirurgia cardíaca.
PO 20
Sistematização da Assistência de Enfermagem de paciente submetida à correção Híbrida de Dissecção de Aorta Torácica
Danielle Moura Amorim, Phelipe Gomes de Barros, Maria Mariana Barros Melo da Silveira, Christefany Régia Braz Costa, Thaisa Remígio Figueiredo, Gabrielle Pessôa da Silva, Thamires Tavares da Silva, Glayce Renata Ferreira de Carvalho, Hirla Vanessa Soares de Araújo, Mayara Inácio de Oliveira, Gabriela Freire de Almeida Vitorino, Rebeka Maria de Oliveira Belo, Suelen Olívia da Silva, Mariana Vaz Carvalho de Queiroz, Danielle Cristina Pimentel Cabral, Andrey Vieira de Queiroga, Eduardo Tavares Gomes
INTRODUÇÃO: A Sistematização da Assistência de Enfermagem subsidia a organização, planejamento e execução dos cuidados da equipe de enfermagem.
OBJETIVO: Relatar a realização da Sistematização da Assistência de Enfermagem em paciente submetido à correção híbrida de Dissecção de Aorta Torácica.
MÉTODOS: Trata-se de um relato de caso com informações coletadas através de exame clínico e prontuário, no período de agosto a novembro de 2015 em um Hospital Universitário em Pernambuco.
RESULTADOS: 25 anos, sexo masculino, diagnóstico prévio de Síndrome Marfan, internado queixando-se de dor súbita em região dorsal irradiada para abdome. Realizou cirurgia de Bentall há 3 anos. Tomografia evidenciou dissecção de Aorta Tipo B e Aneurisma da Croça. Realizada correção híbrida de Dissecção da Aorta Torácica e Aneurisma de Croça com três endopróteses e reimplantação dos vasos da Croça em Tubo de Dracon. O paciente evolui com quadro de leucocitose e plaquetocitose, além de desorientação temporo-espacial, dispneia e algia recidivante. Aguarda Ecocardiograma Transesofágica para confirmação de Endocardite Infecciosa. Os principais diagnósticos de Enfermagem encontrados foram: risco de desequilíbrio eletrolítico, troca de gases prejudicada, mobilidade no leito prejudicada, déficit de autocuidado, confusão aguda, ansiedade, intolerância à atividade, risco de perfusão tissular cardíaca diminuída, risco de perfusão renal ineficaz, risco de perfusão tissular cerebral ineficaz, risco de infecção, hipertermia, medo, risco de sangramento, recuperação cirúrgica retardada, risco de trauma vascular.
CONCLUSÃO: Os diagnósticos de enfermagem encontrados subsidiam tomada de decisão diante de um quadro complexo pós-operatório de grande porte com sugestão de Endocardite Infecciosa e alterações neurológicas e hematológicas importantes.
PO 21
Assistência de Enfermagem ao Paciente com Amiloidose Cardíaca
Maria Mariana Barros Melo Silveira, Gabrielle Pessôa da Silva, Suelen Olivia da Silva, Glayce Renata Ferreira Carvalho, Thamires Tavares da Silva, Mariana Vaz Carvalho de Queiroz, Danielle Cristina Pimentel Cabral, Hirla Vanessa Soares de Araújo, Christefany Régia Braz Costa, Rebeka Maria de Oliveira Belo, Mayara Inácio de Oliveira, Gabriela Freire de Almeida Vitorino, Phelipe Gomes de Barros, Danielle Moura Amorim, Andrey Vieira de Queiroga, Thaisa Remígio Fiqueiredo, Simone Maria Muniz da Silva Bezerra
INTRODUÇÃO: A amiloidose cardíaca é uma doença rara, sistêmica, decorrente da deposição extracelular de fibrilas insolúveis de proteína amiloide nos tecidos cardíacos, provocando no indivíduo um padrão de miocardiopatia restritiva. (PEDROSA; JUNIOR Doenças do coração diagnóstico e tratamento. Revinter, 2011).
OBJETIVO: Relatar o caso de paciente com amiloidose cardíaca, bem como descrever a assistência de enfermagem a esse paciente.
MÉTODOS: Trata-se de relato de caso, realizado em uma enfermaria especializada em doenças do miocárdio de um hospital de referência em cardiologia, em outubro/2015.
RESULTADOS: SFS, masculino, 75 anos, hipertenso, com história de edema de MMII associado a dispnéia progressiva há 4 meses. Refere DPN e ortopnéia. Ao exame físico apresentava-se em EGRegular, consciente, hipocorado, ictérico, cianose de extremidades e turgência jugular presentes. RCR em 2T, Sopro Sistólico em FM (+2/+6), B2 desdobrada. MV+ em ambos HT, com creptos bibasais. Abdome flácido, fígado a 3 cm do rebordo costal, refluxo abdomino jugular +. Realizou ECG, ECOTT, USG Abdominal e Biópsia hepática, que confirmou o diagnóstico de amiloidose. A assistência de enfermagem foi baseada nos seguintes diagnósticos e intervenções: Risco de desequilíbrio eletrolítico relacionado ao edema e a disfunção renal (I- Fazer balanço hídrico, avaliar edemas e diurese) Troca gasosa prejudicada relacionada à disfunção diastólica (I- Avaliar sinais e sintomas de dispneia) Perfusão tissular periférica ineficaz relacionada à disfunção sistólica do VE (I- Aquecer as extremidades e estimular movimentação de membros)
CONCLUSÃO: Traçar a assistência de Enfermagem auxiliou a compreensão da doença e direcionou a assistência, permitindo um cuidado holístico, individualizado e humanizado.