SESSÃO DE TEMAS LIVRES I – 13 DE ABRIL DE 2012 – SEXTA-FEIRA
TL 01
Função pulmonar e resultados clínicos após cirurgia de revascularização do miocárdio: pleurotomia com drenagem pleural bilateral versus unilateral
Solange Guizilini; Gabriel T M Esperança; Sonia Maria Faresin; Andréia Azevedo Câncio; Jaqueline Roncon Fratucci; Douglas Willian Bolzan; Walter José Gomes
INTRODUÇÃO: Disfunção pulmonar no pós-operatório de cirurgia de revascularização do miocárdio (RM) é inevitável.
OBJETIVO: Verificar o comportamento da tosse, função pulmonar, dor torácica e incidência de eventos respiratórios após cirurgia de RM com uso de artéria torácica interna (ATI), entre os pacientes com pleurotomia e drenagem pleural (DP) bilateral versus DP unilateral.
MÉTODOS: Dezenove pacientes foram alocados prospectivamente em dois grupos: grupo PU (10 pacientes com pleurotomia e DP unilateral esquerda) e grupo PB (9 pacientes com pleurotomia e DP bilateral). Capacidade vital forçada (CVF), volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) e pico de fluxo de tosse (PFT) foram obtidos no pré-operatório, 1º, 3º e 5º dias de PO. Foram avaliados eventos respiratórios (atelectasia e derrame pleural) por radiografias de tórax no pré até o 5º dia de PO, tempo de ventilação mecânica (VM) e permanência hospitalar no PO e sensação subjetiva de dor no 1º, 3º e 5º de PO.
RESULTADOS: Houve queda da CVF e VEF1 mais acentuada no grupo PB (P<0,05).
CONCLUSÃO: Pacientes submetidos à cirurgia de RM com uso de ATI sem CEC, independente da abertura pleural, demonstraram queda significante na função pulmonar e PFT no PO precoce. Entretanto pacientes com abertura e DP bilateral apresentaram maior queda destes parâmetros, maior dor torácica e maior percentual de eventos respiratórios no PO.
TL 02
Ventilação mecânica não invasiva acelera a recuperação de força muscular respiratória no pós-operatório de cirurgia de revascularização do miocárdio: Ensaio Clínico Controlado e Randomizado
Mara Lilian Soares Nasrala; Yumi Gondo Lage; Fabiana Prado; Ellen Martins Camargo; Jackeline de Souza Almeida; Sílvia Leticia Esganzela; Antonio C. C. Carvalho; Walter José Gomes; Solange Guizilini
INTRODUÇÃO: A cirurgia de revascularização do miocárdio é um procedimento seguro e bem estabelecido para o tratamento da insuficiência coronariana, porém estudos tem demonstrado disfunção pulmonar com redução na força muscular respiratória em pacientes submetidos a este procedimento.
OBJETIVO: Avaliar os efeitos da ventilação mecânica não invasiva na força muscular respiratória no pós-operatório de cirurgia de revascularização do miocárdio.
MÉTODOS: Todos pacientes realizaram avaliação da força muscular respiratória (PIMáx e PEMáx) no Pré-operatório, 1º, 3º e 5º dia de PO e receberam VMNI com dois níveis de pressão ajustados com IPAP de 20 cmH2O e EPAP de 10 cmH2O com FiO2 para manter uma SpO2 > 90%. Imediatamente após a extubação todos foram randomizados em dois grupos: Grupo Intervencional (n=9) e Grupo Controle (n=12). No GI o tempo de VMNI foi de 6 horas no POi e 60 minutos duas vezes ao dia do 1º ao 5º PO. Os pacientes do GC receberam 10 min de VMNI no POi e 10 min duas vezes ao dia do 1º ao 5º PO.
RESULTADOS: Foram avaliados 21 pacientes. A média de idade, tempo de internação em UTI e hospitalar foram similares entre os grupos. A PIMáx e PEMáx dos pacientes do GI não apresentaram diferença estatística no 3º e 5º PO quando comparados ao pré-operatório (P=0,44 e P= 0,65) demonstrando melhor recuperação da força muscular respiratória o mesmo não ocorreu com o GC.
CONCLUSÃO: Pacientes submetidos à VMNI prolongada no pós-operatório de cirurgia de revascularização do miocárdio apresentaram melhor recuperação força muscular respiratória.
TL 03
Efeitos da PEEP nos parâmetros de perfusão tecidual em pacientes pós-operatório de cirurgia cardíaca
Vanessa Marques Ferreira Mendez; Ludhmila A Hajjar; Filomena RB Galas; José OC A Junior; Carlos Gun; Iracema IK Umeda
INTRODUÇÃO: Diminuição da relação ventilação perfusão e presença de shunt intrapulmonar secundário ao colapso pulmonar são complicações comuns na cirurgia cardíaca. A pressão expiratória positiva final (PEEP) pode ser sinais vitais aumentada para reverter o colapso e assim a hipoxemia (PaO2/FiO2 < 200). A despeito dos benefícios na oxigenação arterial, esta estratégia pode trazer efeitos deletérios hemodinâmicos e consequências que reduzem a oferta sistêmica especialmente nos estados de hipovolemia.
OBJETIVO: Comparar três níveis de PEEP na oxigenação arterial e tecidual de pacientes no pós operatório de cirurgia cardíaca
MÉTODOS: Estudo prospectivo e randomizado; 22 pacientes hipoxêmicos no pós-operatório de cirurgia cardíaca com variação da pressão de pulso (ÄPP) menor que 13% foram alocados, durante 30 min, entre estratégia A (PEEP elevada para 10 cmH2O), estratégia B (PEEP elevada a 15 cmH2O) ou controle (elevação da fração inspirada de oxigênio (FiO2)). Durante o protocolo foram coletados os sinais vitais, gasometria arterial e venosa central, lactato arterial, pressão venosa central e ÄPP em três momentos (pré, 30 minutos após intervenção e após retorno da PEEP a 5 cmH2O)
RESULTADOS: A PaO2/FiO2 e SpO2 elevaram com a estratégia B (P <0,005). Os parâmetros da perfusão tecidual (saturação venosa central de oxigênio, lactato e diferença venosa-arterial de CO2) não tiveram alteração significante entre os grupos.
CONCLUSÃO: Concluímos que, a titulação da PEEP na oxigenação arterial, no pós-operatório de cirurgia cardíaca, em pacientes com reposição volêmica adequada pode ser segura ao analisarmos os parâmetros de extração tecidual de oxigênio.
TL 04
Desmame ventilatório no pós-operatório de cirurgia cardíaca na UTI pediátrica da ISCMSP
Monica Bognar; Aretusa Koutsohristos Januzzi Carneiro; Luciano Januzzi Carneiro; Regina Grigolli Cesar; Rogerio Pecchini; Nilza Aparecida de Almeida Carvalho
INTRODUÇÃO: Cardiopatias congênitas acometem de 8 a 10 crianças em cada 1000 nascidos vivos, estimando-se o aparecimento de 28 mil novos casos por ano no Brasil, sendo necessário realizar 23 mil cirurgias. Desmame é o processo de transição entre o suporte ventilatório e a respiração espontânea do paciente.
OBJETIVO: Traçar o perfil do desmame ventilatório dos pacientes em pós-operatório de cirurgia cardiovascular internados na UTI Pediátrica da ISCMSP.
MÉTODOS: Estudo retrospectivo através da análise de prontuários de pacientes em PO de cirurgia cardiovascular na UTI Pediátrica da ISCMSP em ficha apropriada.
RESULTADOS: Trinta e seis pacientes incluídos, sendo 52% do sexo feminino. 40% foram submetidos à correção de CIA e CIV. O risco médio de mortalidade encontrado foi de 10%, sendo esta a taxa de óbito neste estudo. Houve 14% de falha de extubação, dos outros 86%, 39% utilizaram o VM Evita 4 em SIMV+PS.
DISCUSSÃO: Miyague et al. (2005) encontrou uma prevalência equivalente de CIV, (30%), diferentemente de Wu et al. (2010), em que a maior foi de T4F. Gatibone (2011), Johnston (2008) e Silva (2008) afirmam que a falha de EOT está associada a problemas cardíacos, idade e tempo de ventilação mecânica, o que corrobora com este estudo. Christopher (2009) e Medeiros (2011) preconizam um desmame gradual diminuindo-se a Pinp e f.
CONCLUSÃO: Na ISCMSP há uma predominância do sexo feminino e cardiopatias acianóticas simples com hipofluxo pulmonar. O VM mais utilizado foi o Evita 4 a Pressão e SIMV+PS. A maioria das extubações foram realizadas no período da tarde, com 86% de sucesso.
TL 05
Indicadores de qualidade de assistência de fisioterapia em pacientes de cirurgia cardíaca
Valeria Papa; Ricardo Kenji Nawa; Marina Neves do Nascimento; Debora Spechoto Basso; Fabiana Gaspar; Daniela Caetano Costa; Eduardo Elias Vieira Carvalho; Veridiana Elisa Monteiro; Fernanda Ramos
INTRODUÇÃO: Tanto os hospitais como os serviços de fisioterapia têm passado por avaliações para auxiliar na garantia de uma assistência com qualidade aos pacientes internados. A fisioterapia atua no pré e pós-operatório de cirurgia cardíaca (CC), tendo atuação importante na recuperação das disfunções respiratórias com objetivo de prevenir complicações respiratórias, sendo essas, causas frequentes de prolongamento do tempo de internação e óbito.
OBJETIVO: Relatar a experiência do serviço de fisioterapia no gerenciamento de indicadores de qualidade de assistência em pós-operatório de todos os tipos de CC.
MÉTODOS: De janeiro de 2010 a outubro de 2011, a fisioterapia acompanhou 392 pacientes, submetidos a CC, segundo o protocolo do serviço, desde o pré-operatório até alta hospitalar. Após o início do gerenciamento dos indicadores foi instituído como rotina: 1-entrega das orientações no 3º PO ou assim que o paciente tivesse alta da unidade de terapia intensiva; 2- planilha na passagem de plantão para melhor controle da entrega das orientações e das complicações apresentadas.
RESULTADOS: Os pacientes acompanhados apresentaram em média 55 anos de idade e eram de ambos os sexos; destes, 93% não apresentaram complicações pulmonares e 94% receberam orientações para dar seguimento à reabilitação após alta hospitalar.
CONCLUSÃO: Após instituir essas rotinas e realizar o gerenciamento mensal dos indicadores, observamos uma maior análise das complicações respiratórias, possibilitando o desenvolvimento de novas condutas e revisão dos protocolos assistenciais, assim como um maior controle na entrega das orientações de alta, garantindo uma continuidade do tratamento fisioterapêutico e uma alta mais segura com as orientações e cuidados necessários.
TL 06
Monitorando a pressão do balonete dos tubos endotraqueais no pós-operatório imediato de cirurgia de revascularização do miocárdio: curva-volume tempo ou técnica de volume oclusivo mínimo?
Douglas Willian Bolzan; Sonia Maria Faresin; Antonio Carlos de Camargo Carvalho; Walter José Gomes; Solange Guizilini
INTRODUÇÃO: O balonete deve ser insuflado até cessar o escape aéreo. A maior dificuldade é encontrar este exato momento.
OBJETIVO: Avaliar e comparar o comportamento dos níveis de pressão e volume de ar a ser injetado no balonete dos tubos endotraqueais entre duas técnicas: curva volume-tempo versus volume oclusivo mínimo (pressão de selo), no pós-operatório imediato de cirurgia de revascularização do miocárdio (RM).
MÉTODOS: Um total de 267 pacientes foram analisados. Após a cirurgia, os pulmões foram ventilados no modo pressão controlada e os mesmos parâmetros ventilatórios foram ajustados. O balonete foi completamente desinsuflado e reinsuflado, o volume de ar injetado no balonete foi ajustado por duas técnicas de forma randomizada: curva volume-tempo e pressão de selo. Foram avaliados o volume de ar injetado e a pressão do balonete após a aplicação de cada técnica, o volume corrente exalado (VCE) também foi avaliado pré e pós a aplicação de cada técnica.
RESULTADOS: A técnica da curva volume-tempo foi associada a uma menor pressão e volume de ar injetado no balonete (P>0,05). Quando comparado o VCE, não foi observada diferença significante (P>0,05). Em 47 pacientes foi observado escape aéreo significante após ajuste pela da técnica de volume oclusivo mínimo (P<0,05).
CONCLUSÃO: A técnica da curva volume-tempo foi associada a uma menor pressão e volume de ar injetado no balonete quando comparada a técnica de volume oclusivo mínimo no pós-operatório imediato de cirurgia de RM. Portanto a curva volume-tempo pode ser uma alternativa viável e fidedigna para o manejo do balonete dos tubos endotraqueais.
TL 07
A eletroestimulação muscular periférica melhora a capacidade funcional em pacientes hospitalizados a espera de transplante cardíaco
Patricia Forestiere; Isis Begot; Thatiana Peixoto; Mariana Romanelli; Laion Amaral; Vinícius B. Santos; Flávio de S. Brito; Antonio C.C. Carvalho; Dirceu Almeida; Walter J. Gomes; Solange Guizilini
INTRODUÇÃO: Um fator limitante para a realização de exercício convencional em pacientes a espera de transplante cardíaco (TXC) é a dispneia associada à fadiga.
OBJETIVO: Avaliar o efeito da eletroestimulação muscular periférica (EMP) na capacidade funcional por um curto período de tempo em pacientes hospitalizados à espera de TXC.
MÉTODOS: Sete pacientes com insuficiência cardíaca crônica (idade= 52,5±4,8; NYHA IV; fração de ejeção 19±3,3%) foram alocados prospectivamente em dois grupos: Grupo controle (n=3 - pacientes submetidos a cuidados usuais) e grupo intervenção (n=4 - pacientes que foram submetidos à EMP associada a cuidados usuais). Teste de caminhada de 6 min (TC6min) foi realizado em todos os pacientes para determinar a capacidade funcional 24h após a estabilização clínica e ao final de cada semana de internação. O grupo intervenção foi submetido à EMP nos músculos quadríceps e tríceps sural bilateral por 1h (2x/dia por 12±1,9 dias) durante o período de internação hospitalar pré-TXC. O grupo controle foi submetido a cuidados usuais - fisioterapia convencional.
RESULTADOS: Em relação aos valores basais o grupo intervenção aumentou a distância percorrida no TC6min após sessões de EMP (P<0,05).
CONCLUSÃO: A EMP pode ser uma ferramenta alternativa viável para melhorar a capacidade funcional de pacientes hospitalizados candidatos a TXC.
TL 08
Efeitos da pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) nasal imediatamente após extubação no pós-operatório de cirurgia cardíaca pediátrica
Rita de Cássia Lima dos Santos; Tania Cyrino; Suellen Artz; Gustavo B Perondini; Andrea G Vilas Boas; Ana Luiza Guerra; Iracema IK Umeda; Carlos Gun
INTRODUÇÃO: A ventilação não invasiva é amplamente utilizada em casos de insuficiência respiratória; porém poucos estudos têm demonstrado a sua eficácia no desmame da ventilação mecânica no pós-operatório de cirurgia cardíaca, principalmente na área pediátrica.
OBJETIVO: Analisar os efeitos do CPAP nasal imediatamente após extubação no pós-operatório de cirurgia cardíaca pediátrica.
MÉTODOS: Estudo interventivo, transversal, controlado e randomizado. A amostra foi composta de 11 crianças portadoras de cardiopatias congênitas cianogênicas submetidas à cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea
RESULTADOS: A FC do grupo estudo apresentou uma diferença significativa no início que se manteve no transcorrer do estudo quando comparado ao grupo controle (P=0,014). Não houve diferenças estatisticamente significantes entre os grupos no comportamento das variáveis PAS, PAD, PAM, SpO2, FR ao longo do tempo do estudo. A utilização do CPAP nasal, após extubação, promoveu significativamente um menor número de intercorrências, porém sem apresentar diferença estatisticamente significante, neste grupo de pacientes no pós-operatório imediato de cirurgia cardíaca (P=0,24).
CONCLUSÃO: O uso do CPAP nasal por 1 hora após extubação de cirurgia cardíaca pediátrica contribuiu para manutenção ao longo do tempo da FC, porém foi observada a necessidade de um maior número da amostra para comprovarmos estatisticamente os reais efeitos do CPAP nasal.
TL 09
Transplante cardíaco e atividade física: evidência dos últimos 10 anos
Rafael Donato Guerra; Laion Rodrigo Gonzaga; Silvia Maria de Mendonça; Luize Soares; Solange Guizilini; Walter José Gomes
INTRODUÇÃO: A atividade física regular tem um papel importante na terapêutica não medicamentosa dos transplantados, entretanto, na literatura, existem poucos relatos dos benefícios de programas de reabilitação e condicionamento físico no pós-transplante cardíaco.
OBJETIVO: Avaliar a efetividade e os benefícios da atividade física no pós-transplante cardíaco.
MÉTODOS: Foram pesquisadas as bases Cochrane, Pubmed, LILACS e Scielo no período de maio de 2001 a junho de 2011, utilizando-se os seguintes termos: transplante cardíaco, reabilitação e exercício físico, restringindo-se aos idiomas inglês, espanhol e português.
RESULTADOS: Foram analisados 24 artigos entre revisões sistemáticas e série de casos, onde foram observados diminuição na frequência cardíaca durante o exercício, diminuição na pressão arterial sistêmica, aumento no VO2 pico, diminuição nos marcadores inflamatórios e redução dos efeitos colaterais da terapia imunossupressora. Não há evidência quanto ao tempo de sobrevida.
DISCUSSÃO: O indivíduo transplantado, mesmo possuindo um coração desnervado, apresenta os mesmos benefícios que indivíduos não transplantados com a prática regular da atividade física.
CONCLUSÃO: Pelos resultados acima, o exercício físico deve ser considerado uma importante ferramenta terapêutica no tratamento de transplantados cardíacos, com aumento na capacidade funcional e melhora na qualidade de vida.
TL 10
Incidência de sintomas e assistência na melhora do estado geral na percepção dos pacientes submetidos à cirurgia cardíaca
Anny Karine Silva Simões Guimarães; Rosinete Fernades Brito; Patricia Nobre Calheiros da Silva; Maria Mônica de Farias; José Wanderley Neto; Alfredo Aurélio Marinho Rosa; Emerson Casado Gama; Francisco Siosney; Patricia Maltezo; José Mário Martiniano; Rebeca Fernandes Brito; George Franco Toledo; Juliana Patricia da Silva; Fernanda Suellen Cabral; Maria Rosana Magalhães; Dacyela Rodrigues de Oliveira; Cristiano Adkson Sales Lima
INTRODUÇÃO: O sucesso da angioplastia coronária transluminal percutânea tem aumentado, os pacientes selecionados para cirurgia cardíaca passaram a ser mais graves, quase sempre com função ventricular esquerda baixa, onde no pós-operatório (PO) aumenta a mortalidade, estando a dor mais presentes no estudo.
OBJETIVO: Detectar a incidência de sintomas no pós-operatório de cirurgia cardíaca e assistência para a melhora do estado geral na percepção dos pacientes submetidos à cirurgia cardíaca.
MATERIAL E MÉTODOS: Dos 50 pacientes submetidos à cirurgia cardíaca valvar ou revascularização do miocárdio, de ambos os sexos, de 40 a 60 anos, com bom cognitivo que respondesse um questionário com perguntas sobre sintomas que mais limita no pós-operatório e possibilidades de auxilio para melhora do estado geral no período hospitalar.
RESULTADOS: Dos 50 pacientes sendo do sexo masculino 26 (52%) e média de 54,22 (±6,30) anos, eram portadores de doença cardíaca tinham a doença por um período que variou de 1 a 5 anos, com uma média de fração de ejeção (FE) de 64% (± 0,070). Na amostra, 42 (84%) faziam uso de medicação e oito (16%) não usavam medicação alguma, apresentou dor (88%), tosse (6%), cansaço (2%), inchaço (2%), insônia (2%).
CONCLUSÃO: Percebemos que a incidência de sintomas é a dor e de auxilio são os cuidados da equipe multidisciplinar, bem como os exercícios, ficando claro que a terapia com exercícios ou os recursos de redução de dor, seja analgésico ou fisioterápico, melhoram consideravelmente a agilidade de recuperação e a qualidade de vida intra-hospitalar.