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Brazilian permanent cardiac pacemaker implantation experience: results obtained from the Brazilian Pacemaker Register's data

Roberto CostaI; Maria Inês de Paula LeãoI

DOI: 10.1590/S0102-76381995000200004

ABSTRACT

BACKGROUND: Brazilian Pacemaker Registry (RBM) is a nationwide database to collect informations about all permanent pacemaker procedures performed in Brazil. It is a task force composed by Medical Society, Health Ministeryand Pacemaker Companies. OBJECTIVE: To report the data obtained from June to December, 1994. METHODS: From June 1 st to December 31,1994,4696 surgical procedures for permanent cardiac pacing were informed. These procedures were 3403 (72,5%) initial implantations, 1053 (22.4%) re-operations and in 240 cases this information was non-available. RESULTS: From 3403 initial implantations informed, 52.8% were males and 73.7% Caucasians. Preoperative dizziness or syncopes were refered in 76.4% and congestive heart failure in 85.0% of the patients. EKG evaluation showed 3rd degree atrioventricular (AV) block in 57.7%, sick sinus syndrome in 13.9%, 2nd degree AV block in 13.8%, and high degree AV block and flutter or atrial fibrillation in 6.6% of patients. Chaga's disease was the prédominât ethiology (30.4%). Ventricular pacemakers were implanted in 83.6% of cases, atrioventricular in 16.1 % and atrial pacing in 0.3%. In the 1053 cases of re-operation, the interval between the initial implantation and the present procedure ranged from 1 month to 24 years (M=7.1 years). Pulse generator replacements were refered in 917 patients (87.0% of re-operation procedures), 65.7% of them at the end of life. Atrial lead replacement were performed in 21, and ventricular lead replacement in 203 patients.

RESUMO

FUNDAMENTOS: Registro Brasileiro de Marcapassos (RBM) é uma base nacional de dados que tem por finalidade coletar e divulgar informações concernentes aos procedimentos cirúrgicos realizados em pacientes com estimulação cardíaca artificial permanente em todo o Brasil. OBJETIVO: Apresentar os resultados obtidos no período de junho a dezembro de 1994. CASUÍSTICA: No período de 1/6/94 a 31/12/94 foram recebidos 4696 formulários enviados por 130 hospitais e 287 médicos. Os procedimentos referiam-se a 3403 (72,5%) implantes iniciais a 1053 (22,4%) reoperações e 240 (5,1%) formulários exibiam este campo de cadastramento como dado não disponível. RESULTADOS: Dos 3403 pacientes submetidos a implante inicial, 52,8% eram do sexo masculino e 73,7% eram da raça branca. Sintomas de hipofluxo cerebral justificaram o implante em 76,4% dos pacientes e a insuficiência cardíaca congestiva esteve presente em 85,0% dos casos, sendo que em 266 (7,9%) pacientes foi a causa principal para a operação. Os achados eletrocardiográficos predominantes foram: bloqueio atrioventricular total (57,7%); disfunção do nó sinusal (13,9%), bloqueio AV do 2º grau (13,8%); e flütter ou fibrilação atrial com baixa resposta ventricular (6,6%). A doença de Chagas foi a etiologia predominante (30,4%). Implante de marcapasso ventricular foi realizado em 83,6% dos pacientes e atrioventricular em 16,1%. Dos 1053 casos de reoperações informados, 50,4% ocorreram por problemas no gerador de pulsos. O tempo transcorrido entre o implante inicial e a cirurgia atual variou de 1 mês a 24 anos, com média de 7,1 anos. A susbstituição do gerador de pulsos foi informada em 917 pacientes (87,0% dos casos de reoperação); sendo a principal causa de troca o esgotamento por fim de vida em 65,7%. A substituição de eletrodo atrial foi relatada em 21 pacientes e de eletrodo ventricular em 203 pacientes. CONCLUSÕES: A participação ativa de todos os membros do Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial (DECA), com o apoio das empresas fornecedoras de marcapasso, e o respaldo do Ministério da Saúde permitiram que a implantação do RBM ocorresse da forma mais tranqüila possível. Hoje se dispõe de uma estatística nacional, volumosa e confiável, sobre a cirurgia de marcapasso no Brasil. As dificuldades enfrentadas estão relacionadas, principalmente, à estrutura individual de coleta de dados e a graus variados de familiaridade com o formulário, dificuldades estas que, com o tempo, tenderão a desaparecer.
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REFERENCES

1. COSTA, R. & LEÃO, M. I. P. - Implantação do Registro Brasileiro de Marcapassos. Rev. Bras. Marcapasso Arritmia, 7: 2-3, 1994.

2. COSTA, R. & LEÃO, M. I. P. - Registro Brasileiro de Marcapassos. Rev. Bras. Marcapasso Arritmia, 6: 31-34, 1993.

3. COSTA, R. & LEÃO, M. I. P. - Registro Brasileiro de Marcapassos: resultados preliminares. Rev. Bras. Marcapasso Arritmia, 7: 124-129, 1994.

4. LEÃO, M. I. P.; COSTA, R.; LATINI, R. - Registro Brasileiro de Marcapassos: orientação para preenchimento do formulário. Rev. Bras. Marcapasso Arritmia, 7: 72-77, 1994.

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