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TEMAS LIVRES E PÔSTERES

Resumos dos Pôsteres Enfermagem

4 de abril • sexta-feira

P 01

Estado nutricional e desfechos no pós-operatório de cirurgia cardíaca em idosos

Cintia Fernandes Oliveira Rezende; Luciene de Oliveira; Giovanna Peixoto Barreto; Alexandre Francescucci Moleiro; Walace de Souza Pimentel; Enith Hatsumi Fujimoto; Rose Mei L. Liu; Mariana Tiyome Chen; Paloma Ferrer Gomez; Walter José Gomes

INTRODUÇÃO: O estado nutricional pode ser agravado pelo trauma cirúrgico, dificultando a evolução no pós-operatório (PO). Nenhum parâmetro isolado de avaliação nutricional tem se mostrado eficiente em apontar, no pré-operatório, possíveis complicações no PO.
OBJETIVO: Verificar se diferentes parâmetros de avaliação nutricional aplicados no período pré-operatório tem correlação com desfechos no PO.
MATERIAL E MÉTODOS: 41 idosos, internados para cirurgia cardíaca foram submetidos às seguintes avaliações: Mini Avaliação Nutricional (MAN), Índice de Massa Corporal (IMC), Circunferência do Braço (CB) e Panturrilha, Prega Cutânea Tricipital (PCT), Albumina Sérica, Contagem Total de Linfócitos, Colesterol Total, Ingestão Calórica e Proteica. Foram coletados dados de prontuário para verificar intercorrências no PO. Para análise estatística foi utilizado o SPSS v20 e calculado o coeficiente de Pearson com nível de significância de 5%.
RESULTADO: Tiveram correlação significativa com dias de UTI e intubação: PCT (p=0,0001 e p=0,0001), CB (p=0,004 e p=0,002) e IMC (p=0,007 e p=0,013), quanto maior estes parâmetros mais dias de UTI e intubação estes pacientes tiveram. Para infecção e óbito, nenhum parâmetro demonstrou correlação significativa. A PCT apresentou correlação negativa significativa (p=0,01) para pacientes sem complicação no PO, isto é, quanto menor a PCT mais pacientes não tiveram complicações. Quando analisados apenas pacientes eutróficos e desnutridos e estes desfechos não foi encontrada nenhuma correlação significativa.
CONCLUSÃO: A PCT foi o parâmetro que mais apresentou correlação com desfechos no PO. MAN, circunferência da panturrilha, métodos bioquímicos e dietéticos não tiveram correlação com nenhum desfecho. Pacientes com excesso de peso apresentaram mais complicações no PO do que os pacientes desnutridos.

 


 

P 02

Fatores que contribuem para a ocorrência de Mediastinite em pacientes no pós- operatório de cirurgia cardíaca

Fernanda Lourega Chieza; Ellen Magedanz; Madeni Dobber; Handerson Santos; Jacqueline Piccoli; Luiz Carlos Bodanese; Luiz Carlos Bodanese; João Carlos Vieira Da Costa Guaragna

INTRODUÇÃO: A mediastinite apresenta etiologia multifatorial e ainda pouco definida. Alguns estudos trazem fatores que podem aumentar o risco para o seu desenvolvimento.
OBJETIVO: Conhecer possíveis fatores que contribuem para o desenvolvimento de mediastinite visando identificação precoce e assim reduzir os danos ao individuo.
MATERIAL É MÉTODOS: Estudo observacional de coorte. A amostra foi constituída de 2.809 pacientes que realizaram CRM ou CRM+Troca valvar, no período entre janeiro/1996 a dezembro/2007. Foram excluídas da análise as cirurgias valvares isoladas e CRM com valvas tricúspide e pulmonar. A coleta de dados ocorreu a partir de variáveis obtidas do banco de dados do Hospital São Lucas /PUCRS. A suspeita de mediastinite foi apresentada a partir dos sinais e sintomas de dor, calor, rubor, febre e secreção purulenta na ferida operatória. O método para confirmação diagnóstica foi à tomografia de tórax. Foram avaliadas as seguintes variáveis: gênero, idade, obesidade, história de diabetes, DPOC, HAS, classe funcional da insuficiência cardíaca (NYHA), angina estável classe IV e instável, IRC, cirurgia cardíaca prévia, CEC > 120min e politransfusão sanguínea no pós-operatório.
RESULTADO: 3,3% pacintes apresentaram mediastinite, desses 26,6% foram óbito. A idade média da amostra foi 61±10,1 anos, 66% eram homens. As variáveis que se mostraram significativas foram: Reintervenção cirúrgica (p < 0,001), DPOC (p < 0,001), Obesidade (< 0,001), Angina classe IV/instável (p=0,015), Politransfusão (p=0,001).
CONCLUSÃO: Apesar da mediastinite não ter grande incidência, apresenta alta mortalidade. Considerando os fatores pré-operatórios significantes para este desfecho, observamos serem comuns dentre os pacientes submetidos a CRM.

 


 

P 03

Análise no trans e pós-operatório de cirurgia cardíaca em pacientes diabéticos

Juliana Neves Giordani; Eliane Roseli Winkelmann; Fernanda Dallazen; Dante Thomé da Cruz

INTRODUÇÃO: A hiperglicemia é um fator de risco para o desenvolvimento de complicações pós-operatórias em cirurgia cardíaca, colaborando a uma resposta pró-inflamatório no período trans-operatório.
OBJETIVO: Analisar a presença de complicações em pacientes diabéticos e não diabéticos submetidos à cirurgia cardíaca.
MATERIAL E MÉTODOS: Estudo transversal, analítico. Foram incluídos 50 pacientes submetidos à cirurgia cardíaca e analisados quanto a presença ou não de diabetes mellitus. A coleta de dados realizou-se através de análise do prontuário de paciente. As variáveis analisadas foram quanto aos fatores de risco para doenças cardiovasculares, trans e pós-operatórias de cirurgia cardíaca.
RESULTADO: A população estudada apresentou média de idade de 60,4 ± 8,7 e 56±12 anos no grupo dos diabéticos e não diabéticos, respectivamente. Dentre os procedimentos cirúrgicos 30 (60%) foram cirurgia de revascularização do miocárdio, 11 (22%) troca valvar aórtica, 6 (12%) troca valvar mitral, 1 (2%), 1 (2%) e 1 (2%) Troca Valvar aórtica + troca valvar pulmonar. Em relação aos fatores de risco o grupo dos diabéticos apresentaram mais hipertensão (76,0%) e ingesta excessiva de sal (36,0%). Nas variáveis trans, o grupo dos diabéticos tiveram menor tempo de circulação extra corpórea e clampeamento da aorta e no pós-operatório maior tempo na unidade de terapia intensiva coronariana e ventilação mecânica, totalizando um maior tempo de hospitalização
CONCLUÇÃO: Não há diferença estatisticamente significativa entre as variáveis analisadas, desta forma concluímos que a diabetes mellitus, isoladamente, não foi um fator agravante no trans e pós-operatório de cirurgia cardíaca.

 


 

P 04

Estratificação do risco de mediastinite utilizando o escore de Magedanz nos pacientes em pós-operatório de revascularização do miocárdio de um hospital universitário de grande porte da cidade de São Paulo

Katherine Sayuri Ogusuku; Natalia Ribeiro dos Anjos; Walter J. Gomes; Walace Pimentel; Nina Suemi Karazawa; Lais Lacerda Russomano; Bárbara Tamburim; Juliana Alves de Almeida; Terezinha Michele Matias; Sara Cristina da Silva; Leticia Jorge Torres; Bárbara Marques Anginoni; Natalia Dala Sarro; Robson Zimmer de Souza; Diego Gaia; Celina Mayumi Morita Saito; Rita Simone Moreira

INTRODUÇÃO: Mediastinite é uma grave complicação no pós-operatório de RM, a incidência é baixa, porém quando instalada a morbi-mortalidade é alta. Segundo Magedanz os principais fatores de risco são: reintervenção cirúrgica, DPOC, obesidade, politransfusão e angina classe IV / instável.
OBJETIVO: Estratificar o risco de mediastinite nos pacientes submetidos à RM utilizando-se o escore de Magedanz.
MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se de um estudo prospectivo, observacional, realizado em uma UTI de cirurgia cardíaca de um hospital universitário de grande porte de São Paulo. Os dados foram coletados no pós-operatório imediato até a alta hospitalar dos pacientes submetidos à RM com idade superior a 18 anos, no período de setembro a dezembro de 2013.
RESULTADO: Totalizou-se 32 pacientes submetidos à cirurgia cardíaca, nos quais 19 pacientes submetidos a RM e 13 de tipos de cirurgias cardíacas. A idade variou de 44 a 79 anos. 47,5% dos pacientes tiveram risco médio, 36,8% baixo e 15,7% elevado, segundo o escore de Magedanz, porém não houve nenhum caso de mediastinite em nosso serviço neste período de coleta.
CONCLUSÃO: Este estudo é relevante para a prática da enfermagem, pois ao utilizarmos escores validados podemos quantificar e demonstrar a necessidade de um conjunto de intervenções para prevenção do evento. Identificação precoce dos fatores de risco pode levar a diminuição da morbi-mortalidade bem como a redução dos custos hospitalares, desta forma é importante que o enfermeiro atue ativamente em conjunto com a equipe multiprofissional na elaboração de um plano assistencial para prevenção e controle de infecção.

 


 

P 05

Complicações da circulação extracorpórea no pós-operatório de cirurgia cardíaca de um hospital universitário de grande porte da cidade de São Paulo

Katherine Sayuri Ogusuku; Walter J Gomes; Walace Pimentel; Natalia Ribeiro dos Anjos; Nina Suemi Karazawa; Lais Lacerda Russomano; Juliana Alves de Almeida; Terezinha Michele Matias; Bárbara Tamburim; Natalia Dala Sarro; Sara Cristina da Silva; Inês Aparecida Correa; Patricia Araujo; Cristiane Potzman Rodrigues; Robson Zimmer de Souza; Celina Mayumi Morita Saito; Rita Simone Moreira

INTRODUÇÃO: CEC é ainda muito utilizada para realização de diferentes tipos de cirurgia cardíaca, e seus efeitos deletérios são amplamente conhecidos e comuns. Quanto maior o tempo de CEC, mais grave será o desequilíbrio fisiológico do paciente.
OBJETIVO: Verificar as complicações apresentadas pelos pacientes submetidos a CEC em relação ao tempo e comparar com os pacientes que não utilizaram circulação extracorpórea.
MATERIAL E MÉTODOS: Estudo prospectivo, observacional, realizado em uma UTI de cirurgia cardíaca de um hospital universitário de grande porte da cidade de São Paulo. Os dados foram coletados no pós operatório de todos os pacientes que foram submetidos a cirurgia cardíaca com e sem CEC com idade superior a 18 anos no período de setembro a dezembro de 2013.
RESULTADO: Totalizou-se 19 pacientes que foram submetidos a cirurgia cardíaca com CEC no período de setembro a novembro de 2013. O tempo de CEC foi de 24 a 240 minutos, a idade dos pacientes variou de 33 a 79 anos. Sangramento no pós-operatório com necessidade de politransfusão ocorreu em 90% dos pacientes submetidos a circulação extracorpórea >85', 25% dos pacientes desenvolveram IRA e 33,5% dos pacientes evoluíram com AVE.
CONCLUSÃO: Vimos que CEC com tempo maior que 85'ocasiona muitas complicações no pós-operatório de cirurgia cardíaca. O conhecimento das possíveis complicações que podem ocorrer no pós-operatório de cirurgia cardíaca é relevante para o enfermeiro, proporciona subsídios para que o profissional realize o planejamento da assistência de enfermagem frente às condições adversas que os pacientes possam apresentar, baseada em evidência.

 


 

P 06

Avaliação da dor no pós-operatório de cirurgia cardíaca de um hospital universitário de grande porte da cidade de São Paulo

Katherine Sayuri Ogusuku; Natalia Ribeiro dos Anjos; Walter J Gomes; Nina Suemi Karazawa; Lais Lacerda Russomano; Leticia Jorge Torres; Bárbara Tamburim; Bárbara Marques Anginoni; Robson Zimmer; Natalia Dala Sarro; Juliana Alves de Almeida; Terezinha Michele Matias; Sara Cristina da Silva; Patrícia Araujo; Inês Aparecida Correa; Cristiane Potzman Rodrigues; Rita Simone Moreira

INTRODUÇÃO: Cirurgia cardíaca é considerada uma das mais dolorosas cirurgias, e a avaliação da dor é importante para humanização da assistência, planejamento das intervenções e redução de complicações.
OBJETIVO: Avaliar intensidade, localização da dor no pós-operatório imediato, primeiro e segundo pós-operatório em cirurgia cardíaca.
MATERIAL E MÉTODOS: Estudo exploratório, descritivo e longitudinal, realizado em uma UTI de cirurgia cardíaca de um hospital universitário de grande porte de São Paulo. Coletados os dados referentes à dor de todos os pacientes submetidos a cirurgia cardíaca com idade superior a 18 anos, no período de junho a setembro de 2013, utilizando-se a escala analógica da dor de 0 a 10 para pacientes em ventilação espontânea, e Behavioral Pain Scale para paciente em ventilação mecânica.
RESULTADO: Totalizou-se a coleta de 59 pacientes, sendo 34 pacientes do sexo masculino; 2 pacientes foram a óbito no pós-operatório imediato e 3 pacientes foram de alta para a unidade de internação no 1º pós-operatório. No geral os homens apresentaram mais dor do que as mulheres. E a localização mais freqüente da dor foi na ferida operatória e em região dos drenos, a dor na região dorsal foi considerável entre intensa a moderada. Foi utilizado em mais de 60% dos pacientes analgésico combinado no POI, e, ainda foi necessária a utilização de morfina de resgate em mais de 25% dos pacientes no POI.
CONCLUSÃO: A avaliação da dor, considerando-a como o 5º sinal vital, se faz necessária para melhor assistência individualizada e humanizada aos pacientes.

 


 

P 07

Caracteristicas clinicas de pacientes com hipertensão arterial pulmonar secundária a cardiopatia congênita em um centro especializado

Kiarelle Lourenço Penaforte; Silvania Braga Ribeiro; Klébia Magalhães Pereira Castello Branco; Valdester Cavalcante Pinto Junior; Nayana Maria Gomes Souza; Giselle Viana Andrade; Luciana Farias Bastos; Candice Torres De Melo Bezerra Cavalcante; Viviane Martins Da Silva

INTRODUÇÃO: A intervenção diagnóstica e terapêutica das cardiopatias congênitas evoluiu de forma significativa, entretanto, muitos pacientes não tem acesso ao tratamento cirúrgico ou tem o diagnostico tardiamente, culminando, em sequelas irreparáveis, como o surgimento da hipertensão arterial pulmonar. Esta compreende um conjunto de doenças que tem achados patológicos comuns, porém apresentam diferenças fisiopatológicas e prognósticas.
OBJETIVO: Avaliar o perfil clínico de pacientes com hipertensão arterial pulmonar atendidos ambulatorialmente em um centro especializado.
MATERIAL E MÉTODOS: Estudo descritivo, transversal e retrospectivo, com abordagem quantitativa. 91 pacientes com diagnostico de hipertensão arterial pulmonar, no período de Out/2012 à Ago/2013, no Hospital Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, Fortaleza, Ce. A coleta de dados realizou-se a partir de um instrumento estruturado, incluindo variáveis sóciodemográficas e clinicas.
RESULTADO: A amostra estudada foi constituída em sua maioria por indivíduos do sexo feminino (61,5%) e com idade media de 16,1 anos. O diagnostico prevalente foi CIV (37,3%) e o tempo médio de diagnostico de 8 anos. Identificou-se que 60,4% não foram submetidos a cirurgia previa, devido ao diagnostico tardio. A maioria estava em tratamento medicamentoso, com 80,2% em uso de vasodilatador pulmonar.
CONCLUSÃO: A escassez de atendimento especializado ao paciente portador de cardiopatia congênita pode culminar no surgimento da HAP irreversível, com piora prognostica. Assim, o atendimento ambulatorial, propicia uma terapêutica adequada, otimizando de sobremaneira a qualidade de vida destes.

 


 

P 08

Perfil sociodemografico de crianças no pós-operatório de cirurgia cardíaca de Jatene em tratamento de diálise peritoneal

Kiarelle Lourenço Penaforte; Giselle Viana Andrade; Nayana Maria Gomes Souza; Luciana Farias Bastos; Valdester Cavalcante Pinto Junior; Candice Torres De Melo Bezerra Cavalcante; Klébia Magalhães Pereira Castello Branco

INTRODUÇÃO: A transposição de grandes artérias é a cardiopatia cianótica mais comum. Consiste na troca da posição dos vasos que saem do coração e sua cirurgia promove a relocação na posição adequada (cirurgia de Jatene). A diálise peritoneal (DP) é um procedimento freqüentemente indicado para crianças graves, submetidas à cirurgia de Jatene que evoluíram com insuficiência renal aguda.
OBJETIVO: Investigar o perfil sociodemográfico e clínico de crianças no pós-operatório de cirurgia cardíaca em tratamento de diálise peritoneal.
MATERIAL E MÉTODOS: Estudo do tipo descritivo, retrospectivo e documental, realizado para identificação de crianças admitida na UTI pós-operatório de cirurgia cardíaca pediátrica que se submeteram ao tratamento de diálise peritoneal. A coleta dos dados se deu através de um instrumento estruturado, desenvolvido pelas autoras do presente estudo.
RESULTADO: Foram coletados dados de 85 pacientes que realizaram cirurgia de Jatene, onde 38 delas foram submetidas à diálise peritoneal. 71% deles eram do sexo masculino, 65% deles são recém-nascidos, 31% lactentes e 3% criança. O tempo médio de permanência em ventilação mecânica foi de 17,2 dias. Tempo médio de internação na UTI foi de 37,5 dias. Dessas crianças 31% foram a óbito.
CONCLUSÃO: Concluímos que a IRA em crianças lactentes submetidas à cirurgia cardíaca é grave, com a maioria dos pacientes necessitando tratamento dialítico, principalmente devido à presença de diurese inadequada e hipervolemia.

 


 

P 09

Impacto das orientações de enfermagem a familiares de pacientes submetidos à cirurgia cardíaca nos níveis de ansiedade: ensaio clínico randomizado

Maria Antonieta Moraes; Emiliane Nogueira de Souza; Letícia Hamester; Cibele Cielo; Lúcia Pellanda

INTRODUÇÃO: O pré-operatório de cirurgia cardíaca expõe pacientes e familiares a diversos sentimentos e emoções, o que pode tornar a experiência vivenciada nesse período estressante e causadora de ansiedade.
OBJETIVO: Verificar o impacto das orientações de enfermagem aos familiares de pacientes em pós-operatório imediato (POI) de cirurgia cardíaca nos níveis de ansiedade, comparado com orientação usual.
MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se de um ensaio clínico randomizado, registrado no The Universal Trial Number sob o nº U1111-1145-6172. Os familiares randomizados e alocados para grupo intervenção (GI) receberam orientações de enfermagem com o uso de recursos audiovisuais sobre as condições em que o paciente se encontrava antes da primeira visita à unidade pós-operatória; o grupo controle (GC) recebeu orientações conforme rotina da unidade. Ambos os grupos responderam a um questionário estruturado e ao inventário IDATE ansiedade - estado. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética institucional e todos familiares assinaram termo de consentimento.
RESULTADO: Incluiu-se 210 familiares, com idade média de 46,4±14,5 anos, sendo 69% do sexo feminino. Em relação à ansiedade, o escore médio para o GI foi de 41,37± 8,65 pontos e para o GC 50,66 ± 9,41 pontos (p < 0,001).
CONCLUSÃO: As orientações de enfermagem ofertadas no momento de espera, o qual antecede a primeira visita ao POI, reduzem a ansiedade dos familiares. Não se pode eliminar completamente a ansiedade frente a uma situação desconhecida, porém, pode-se confortar e aliviar a tensão daqueles que vivenciam o momento de espera através de orientações planejadas para este fim.

 


 

P 10

A influência da polifarmácia na adesão terapêutica de pacientes portadores de doenças cardiovasculares

Letícia de Mattos Rodrigues da Silva; Camila de Souza Carneiro; Lucas Bassolli; Júlia Brito Vasques; Patricia Moreira; Rita Simone L. Moreira

INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares (DCV) estão associadas a diversas comorbidades que necessitam de diferentes tipos de fármacos, para sua manutenção ou prevenção. Por trazer prejuízos para as atividades de vida diária, o déficit da função cognitiva pode dificultar a adesão terapêutica em pacientes em polifarmácia.
OBJETIVO: Identificar o número de fármacos utilizados por portadores de DCV e a relação estabelecida entre a polifarmácia, função cognitiva e a adesão do portador da DCV ao tratamento farmacológico.
MATERIAL E MÉTODOS: Estudo transversal com amostra de conveniência de 40 pacientes adultos jovens portadores de DCV, que responderam o questionário com o perfil epidemiológico, escala de Morisky e mini exame do estado mental (MEEM), após terem assinado o termo de consentimento autorizado pelo comitê de ética da Universidade Federal de São Paulo. Os dados foram analisados pelo programa estatístico SPSS v.17, utilizando o teste estatístico qui quadrado para as médias das variáveis contínuas e correlações de Pearson através do ponto de inflexão da curva ROC (p<0,05) para variáveis categóricas.
RESULTADO: 42,5% da amostra foi considerada não aderente. O MEEM apresentou mediana de 22,50 com mínimo de 15 e máximo de 29. Na relação do mesmo com a escala de Morisky, obteve-se uma média de 21,35 de MEEM entre os não aderentes e 23,30 entre os aderentes, não sendo significativo, para este estudo.
CONCLUSÃO: Necessita-se de mais estudos nessa área, para definir a relação da polifarmácia e da disfunção cognitiva com a adesão ao tratamento para que os profissionais da saúde realizem intervenções individualizadas e efetivas à população em estudo.

 


 

P 11

Ansiedade no pré-operatório de cirurgia cardíaca: intervenção de enfermagem através da Educação em saúde

Liane Lopes de Souza; Flávia Rodrigues da Costa Lima; Eliane Gomes de Oliveira Mota; Andrey Vieira de Queiroga; Tallita Veríssimo Leal; Eduardo Tavares Gomes; Simone Maria Muniz da Silva Bezerra; Renata Livia Alves de Souza Melo; Thaísa Remígio Figueiredo; Catiuscia Rebecca de Lira

INTRODUÇÃO: A ansiedade é um achado bastante identificado em pacientes no pré-operatório de cirurgia cardíaca. Uma das estratégias que o enfermeiro pode utilizar para amenizar a ansiedade é proporcionar informações e promover o diálogo esclarecedor.
OBJETIVO: Comparar o nível de ansiedade de pacientes que participaram de educação em saúde no pré-operatório de cirurgia cardíaca com aqueles que não participaram de tal intervenção.
MATRIAL E MÉTODOS: Ensaio clínico randomizado, realizado em abril e maio de 2013, no Pronto-Socorro Cardiológico de Pernambuco. A amostra foi constituída por 34 pacientes: 20 do grupo intervenção (participaram das atividades de educação em saúde) e 14 do grupo controle (não participaram da atividade educativa).Para coleta de dados foi utilizado o Inventário de ansiedade de Beck. Para análise dos dados foram utilizados médios, desvio-padrão e freqüências absolutas e relativas. Para comparação entre os grupos foram utilizadas o teste de qui-quadrado e o teste exato de Fisher para variáveis qualitativas e o teste de Mann-Whitney para comparação entre médias. Aprovação no comitê de ética com CAEE 12600113.4.0000.5192/2013.
RESULTADO: Dos 34 participantes da amostra: 23 eram do sexo masculino, 22 possuíam idade até 60 anos e 20 apresentavam ensino fundamental. O escore médio de ansiedade alcançado pela amostra foi de 10,97±11,34, tendo o GI alcançado valores significativamente menores (7,85±10,40) quando comparados ao GC (15,43±11,49) (p=0,02).
CONCLUSÃO: Os participantes das atividades de educação em saúde apresentaram níveis de ansiedade significativamente menores que aqueles que não participaram da mesma. Os resultados indicam que as atividades educativas realizada no pré-operatório produzem resultados efetivos na redução da ansiedade.

 


 

P 12

tratamento de Mediastinite após revascularização do miocárdio com terapia assistida a vácuo

Liane Lopes De Souza; ARACELE TENORIO DE ALMEIDA E CAVALCANTI; Marilia Perrelli Valença; Flávia Da Costa Rodrigues Lima; Thaísa Remígio Figueiredo; Catiuscia Rebecca Santos De Lira; Simone Maria Muniz Da Silva Bezerra

INTRODUÇÃO: A Terapia assistida a Vácuo (VAC) consiste na aplicação de pressão negativa controlada na ferida. Estudos documentam sua eficácia no tratamento de mediastinite, porém, as maiorias das pesquisas acompanham a evolução das lesões até imediatamente após a suspensão do uso.
OBJETIVO: Relatar dois casos de tratamento de mediastinite com VAC por um período de 24 meses.
MATERIAL E MÉTODOS: Série de casos com dois pacientes acometidos por mediastinite. A coleta de dados se deu através de pesquisa em prontuário e avaliação clínica.
RESULTADO: CASO 1: M.F.M.P., diagnosticada com mediastinite 3 meses após revascularização do miocárdio. Realizado toalete cavitária, após 4 dias instalado curativo a VAC. A lesão apresentava 22x15cm e exsudato purulento em grande quantidade. Ao término do uso da VAC, apresentava granulação cobrindo grande parte da lesão e exsudação moderada. Após 24 meses a paciente ainda apresenta fistula em região esternal e reincidiva de quadro infeccioso periodicamente. CASO 2: J.D.S, sexo masculino, diagnosticado com mediastinite no 14º dia após revascularização do miocárdio. Foi instalado curativo a VAC após mediastinotomia. Inicialmente a lesão apresentava 14,5 e 4,0cm, com cerca de 30% de tecido necrótico. Após o uso da VAC a ferida media 12x5cm, com 95% de tecido granulado. Após 12 meses do término da terapia à vácuo, ainda apresenta fístula em região esternal.
CONCLUSÃO: De início, foi observada boa evolução da ferida, entretanto, nos meses seguintes os pacientes evoluíram com formação de fístulas e reincidivas da infecção, achado não relatado pela literatura, visto que os estudos analisam a eficácia do curativo em curto prazo.

 


 

P 13

Operação de Fontan: Perfil das intervenções realizadas em um serviço terciário

Luciana Farias Bastos; Giselle Viana de Andrade; Kiarelle Lourenço Penaforte; Nayana Maria Gomes de Sousa; Carla Monique Lopes Mourã; Klébia Magalhães Pereira Castello Branco; Candice Bezerra Torres de Melo; Valdester Cavalcante Pinto Júnior

INTRODUÇÃO: O princípio operacional da cirurgia de Fontan é estabelecer conexão venosa com os ramos da artéria pulmonar e do ventrículo único com a circulação sistêmica, a fim de reduzir a carga de trabalho do ventrículo direito, separar o sangue venoso pulmonar do sistêmico e aliviar a hipoxemia.
OBJETIVO: Quantificar os tipos de procedimentos realizados ao paciente pediátrico portador de cardiopatia complexa de fisiologia univentricular, submetido a cirurgia de Fontan.
MATERIAL E MÉTODOS: Análise retrospectiva de prontuários de pacientes que foram submetidos à cirurgia de Fontan, no período entre janeiro de 2003 a março de 2013.
RESULTADO: Foram realizadas 43 intervenções cirúrgicas do tipo Derivações Cavo-Pulmonares totais no período do estudo, sendo três do tipo tubo intracardíaco não fenestrado, hum tubo intracardíaco fenestrado, quatro tubo extracardíaco não fenestrado, cinco tubo extracardíaco fenestrado, dez túnel intracardíaco não fenestrado e quinze túnel intracardíaco fenestrado.
DISCUSSÃO: Tendo a operação de Fontan se tornado a mais realizada visando a correção funcional de cardiopatias congênitas com fisiologia univentricular, passou ela a merecer considerações acerca de técnicas mais adequadas a fim de minimizar as complicações que a longo prazo continuam desafiando o seu manejo.
CONCLUSÃO: Dentre os tipos de modificação anátomo-funcional imposta pela técnica cavopulmonar total, as técnicas mais realizadas foram do tipo túnel intracardíaco não fenestrado e fenestrado.

 


 

P 14

Indicadores antropométricos de massa muscular e função cardíaca em idosos cardiopatas

Luciene de Oliveira; Giovanna Peixoto Barreto; Cíntia Fernandes Oliveira Rezende; Alexandre Francescucci Moleiro; Walace de Souza Pimentel; Mariana Tiyome Chen; Paloma Ferrer Gomez; Enith Hatsumi Fujimoto; Rose Mei L. Liu; Walter José Gomes

INTRODUÇÃO: O envelhecimento causa alterações na composição corporal, entre elas redução da massa e função muscular. Trabalhos sugerem que medidas antropométricas de massa muscular podem ter relação com a função do músculo cardíaco.
OBJETIVO: Verificar a correlação entre medidas antropométricas de massa muscular e a função cardíaca, representada pela fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE), em idosos pré-cirúrgicos.
MATERIAL E MÉTODOS: Foram avaliados 41 idosos, idade média 70 anos, internados para cirurgia cardíaca (34% Troca/Plastia de válvula, 49% Revascularização do Miocárdio (RM) ,17% Endoprótese).Estes foram submetidos à avaliação nutricional antropométrica por medidas da circunferência de braço (CB),prega cutânea de tríceps (PCT),circunferência muscular de braço (CMB),área muscular de braço(AMB) e circunferência de panturrilha(CP).Foram coletados dos prontuários valores da FEVE obtidos do ecocardiograma.As variáveis foram analisadas pelo teste t de Student e os resultados apresentados em valores de correlação de Pearson,considerados significantes quando p <0,05.
RESULTADOS: Comparando todos os pacientes, independente do tipo de cirurgia, os coeficientes de correlação de Pearson(r) e significância(p) entre parâmetros de avaliação nutricional e fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) foram: FEVE X CMB=r 0,438 /p 0,022; FEVE X AMB=r 0,443 /p 0,021; FEVE X CP=r 0,392/ p 0,043. Nos pacientes com indicação de Plastia/Troca de válvula essas correlações foram mais fortes e significantes: FEVE X CMB=r 0,873/ p 0,000; FEVE X AMB= r 0,886/ p 0,000; FEVE X CP= r 0,765/ p 0,006.
CONCLUSÃO: As medidas de massa muscular CMB, AMB e CP apresentaram correlação moderada com a função cardíaca representada pela FEVE em idosos cardiopatas. Em pacientes com alterações valvares essas medidas associaram-se forte e significativamente a função cardíaca.

 


 

P 15

Capacidade funcional de pacientes pós-cirúrgicos submetidos à reabilitação cardiopulmonar e metabólica fase II

Maria Antonieta Moraes; Karina da Silva Tomasini; Diogo Crivelatt; Christian Coronel; Patrícia da Silva Klahr; Shirley Belan de Souza

INTRODUÇÃO: A reabilitação cardiopulmonar e metabólica (RCPM) fase II, têm uma importante contribuição para o breve retorno dos pacientes às suas atividades sociais e laborais, nas melhores condições físicas e emocionais possíveis.
OBJETIVO: Verificar a alteração da capacidade funcional de pacientes submetidos à cirurgia cardíaca, que participaram de um programa de RCPM fase II.
MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se de um estudo de coorte prospectivo, onde foram incluídos pacientes de ambos os sexos, com idade > 18 anos, submetida à cirurgia cardíaca isolada de revascularização do miocárdio, e encaminhados a iniciar à RCPM em até 60 dias de pós-operatório. A capacidade funcional foi avaliada e mensurada através do teste de caminhada de seis minutos (T6') imediatamente antes de iniciar e após terminar as doze sessões do programa de reabilitação. A normalidade dos dados foi verificada pelo teste Shapiro-Wilk, e a comparação entre a distância percorrida no T6'foi realizada através do teste t de Student pareado. Considerando um nível de significância de 5% (p<0,05).
RESULTADO: Foram incluídos 22 pacientes que realizaram o programa de reabilitação 17 (77,3%) do sexo masculino com idade média (61,7 ± 9,3) anos e sedentários 17 (77,3%). Houve um aumento de distância de 419 ± 67,4 para 543 ± 62,0 (p=0,001).
CONCLUSÃO: Observou-se uma melhora significativa da capacidade funcional de pacientes submetidos à cirurgia revascularização do miocárdio, quando participantes de um programa de reabilitação fase II.

 


 

P 16

Cirurgia de ross em crianças e adolescentes no hospital de messejana

Nayana Maria Gomes De Souza; Carla Monique Lopes Mourão; Luciana Farias Bastos; Giselle Viana Andrade; Kiarelle Lourenço Penaforte; Valdester Cavalcante Pinto Junior; Candice Bezerra Torres de Melo; Klébia Castelo Branco

INTRODUÇÃO: O substituto valvar aórtico ideal ainda é bastante controverso, entretanto, muitos consideram a operação de Ross como a melhor opção, especialmente em crianças e adultos jovens (CONCHA ET AL, 2005).
OBJETIVO: Descrever os resultados pós-operatórios da cirurgia de Ross em crianças e adolescentes.
MATERIAL E MÉTODOS: Estudo descritivo, retrospectivo e documental, com abordagem quantitativa. Foram operados entre jan/2000 e out/2013, 24 crianças e adolescentes submetidos à cirurgia de ROSS no hospital de Messejana, a amostra se constituiu dos prontuários destes.
RESULTADO: A amostra foi constituída em sua maioria por pacientes do sexo masculino (95,9%), com idade variando entre 8 meses e 18 anos, em que 58,4% eram congênitos e 41,6% reumáticos. Verificou-se 14 casos de insuficiência aórtica, 5 com insuficiência aórtica e mitral, 2 tinham insuficiência e estenose aórtica, 1 caso de estenose aórtica, valva aórtica bicúspide e insuficiência aórtica e 2 casos com dupla lesão aórtica. A hipertermia foi a intercorrência mais evidenciada no pós-operatório, com 45,8% de acometidos, evidenciou-se também, insuficiência cardíaca congestiva (ICC) 12,5%, hipertensão arterial sistêmica (HAS) 16,6%, sangramento 16,6% e isquemia miocárdica 4,1%. o ecocardiograma pós-operatório demonstrou insuficiência aórtica severa em 1 caso, com a necessidade de troca da valva aórtica implantanda por uma prótese metálica e outros 3 casos de re-operação por estenose do homoenxento implantado na posição pulmonar.
CONCLUSÃO: A técnica é eficaz, reprodutível e de baixa incidência de reoperação e morbidade.

 


 

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Perfil de crianças e adolescentes submetidos à cirurgia cardíaca por valvopatia reumática

Nayana Maria Gomes De Souza; Carla Monique Lopes Mourão; Luciana Farias Bastos; Giselle Viana Andrade; Kiarelle Lourenço Penaforte; Valdester Cavalcante Pinto Junior; Candice Bezerra Torres de Melo; Klebia Castelo Branco

INTRODUÇÃO: As lesões valvares de origem reumática deflagram repercussões hemodinâmicas que levam a insuficiência cardíaca, podendo ser necessário uso de medicamentos específicos ou mesmo cirurgia para correção ou transplante valvar (DIOGENES, CARVALHO, 2005).
OBJETIVO: Descrever o perfil sócio-demográfico e clínico-terapêutico de crianças e adolescentes submetidos à cirurgia por valvopatia reumática em um hospital de referência de Fortaleza-CE.
MATERIAL E MÉTODOS: Estudo descritivo, transversal e documental, com abordagem quantitativa. Foram 43 crianças e adolescentes operados no Hospital de Messejana, do período de janeiro de 2000 a julho de 2013 submetidos à cirurgia para correção da valvopatia reumática, a amostra se constituiu dos prontuários destes pacientes. A coleta de dados realizou-se através de um instrumento estruturado, contendo aspectos relacionados à: sexo, idade do paciente na cirurgia, procedência, tipo de lesão valvar, técnica cirúrgica, evolução dos casos.
RESULTADO: A amostra foi constituída em sua maioria por pacientes do sexo masculino (58,1%), procedentes do interior (75,3%) e idade média de 13 anos na realização da cirurgia. evidenciou-se a troca valvar em 39.5% dos casos, 46.5% foram submetidos a plastia valvar e 9.3% realizaram ambos os procedimentos. Quanto à troca valvar, 11,7% receberam bioprótese, 17,6% tipo metálica, 23,5% receberam homoenxerto e 58.8% o auto-exerto (cirurgia de Ross).
CONCLUSÃO: Plastia valvar e a cirurgia de Ross foram predominantemente usadas nesta população, em que observou-se que a maioria tem suas moradias distantes dos centros urbanos, possivelmente inviabilizando o uso de valva metálica e a consequente terapia anticoagulante. É necessário maior tempo de acompanhamento para avaliação desses pacientes.

 


 

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Avaliação inicial de homoenxertos em posição pulmonar em crianças e adolescentes

Nayana Maria Gomes De Souza; Carla Monique Lopes Mourão; Luciana Farias Bastos; Giselle Viana Andrade; Kiarelle Lourenço Penaforte; Valdester Cavalcante Pinto Junior; Candice Bezerra Torres de Melo; Klébia Castelo Branco

INTRODUÇÃO: Os homoenxertos representam um bom substituto valvar para crianças e adolescentes por não necessitarem de anticoagulação, possuir maior resistência à infecção e por apresentarem bom desempenho hemodinâmico (GIFFHORN ET AL, 1999).
OBJETIVO: Avaliar os resultados iniciais no pós-operatório dos pacientes após o implante de homoenxertos em posição pulmonar.
MATERIAL E MÉTODOS: Estudo descritivo, retrospectivo e transversal, com abordagem quantitativa. Foram operados entre jan/2000 e dez/2012, 50 crianças e adolescentes submetidos à cirurgia de implante de homoenxerto em posição pulmonar, a amostra se constituiu dos prontuários destes pacientes. A coleta dos dados se deu através de um instrumento estruturado, contendo aspectos relacionados à: sexo, idade, diagnostico, técnica cirúrgica, evolução pós-operatoria, incidência de reoperaçao.
RESULTADO: A idade dos pacientes variou de 6 meses a 21 anos, sendo 37 (74%) do sexo masculino e 13(26%) do feminino. Os pacientes foram divididos em 2 Grupos: A - Valvopatia aórtica- operação de Ross (48%) e B - Cardiopatias congênitas(52%). O diâmetro dos Homoenxerto variou de 16 a 28 mm. O tempo de circulação extracorpórea (CEC) variou de 45 a 255 minutos e o de oclusão aórtica de 27 a 225 minutos. Houve 1 óbito hospitalar, este mesmo paciente necessitou de suporte circulatório. Todos os sobreviventes foram acompanhados clínica, radiológica, eletrocardiográfica e ecocardiograficamente. As complicações mais freqüentes foram síndrome de baixo débito (14%), sagramento (14%) e anormalidades eletrocardiográficas, que ocorreram em 4 pacientes, todos evoluindo favoravelmente.
CONCLUSÃO: A evolução hemodinâmica pós-operatoria mediata dos Homoenxertos em posição pulmonar foi satisfatória. É necessário maior tempo de acompanhamento para avaliação dos enxertos.

 


 

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Morte encefálica nos pacientes em uso de ECMO: desafios para a tomada de decisão

Paloma Ferrer Gomez; Walter José Gomes; Geysiane Ferreira da Rocha; Leandra Gonçalves Macedo Bedolo; Hayanne Osiro Pauletti; Katherine Ogusuku; Natália Ribeiro dos Anjos; Bárbara Reis Tamburim; Bárbara Marques Anginoni; Laís Lacerda Russomanno; Nina Karazawa; Carolina Alves Braz; Rodolpho Pereira; Flávio Lopes Cassiolato; Vinícius Batista Santos; Solange Guizilini; Rita Simone Lopes Moreira

INTRODUÇÃO: O sistema ECMO oferece assistência pulmonar, cardíaca ou cardiorrespiratória em casos de falha de tais sistemas. Seu uso está associado a uma elevada taxa de lesões neurológicas podendo desencadear o estado de morte encefálica, definida como a parada total e irreversível das funções encefálicas e das atividades do tonco cerebral.
MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se de um relato de experiência. Feminino, 28 anos, portadora de Síndrome de Marfan. Realizada a cirurgia de Bentall de Bono e Valvoplastia Mitral que ocorreu sem intercorrências. Ainda no POI a paciente apresentou duas paradas cardiorrespiratórias, sendo optado pela passagem do sistema ECMO. Após o 8º PO a mesma evoluiu com perda de atividades do tronco cerebral comprovada por exames clínicos e complementares para diagnóstico de morte encefálica exceto o teste de apnéia. A retirada do sistema se deu após 15 dias de uso e a paciente evoluiu a óbito 72 horas após sua retirada.
DISCUSSÃO: A presença do sistema ECMO é vista como um desafio para o diagnóstico de morte encefálica uma vez que inviabiliza a realização do teste de apnéia e a falta de protocolos aceitos que contemplem os pacientes que fazem uso do dispositivo impossibilita classificá-lo como um potencial doador de órgãos.
CONCLUSÃO: O teste de apneia é considerado um desafio nos pacientes em uso do sistema ECMO, pois a falta de protocolos inviabiliza a tomada de decisão a respeito da morte encefálica, sendo seu diagnóstico de extrema importância para as famílias, recursos de terapia intensiva e oportunidade para a doação de órgãos.

 


 

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Diagnósticos de enfermagem no período pré-operatório de crurgia cardíaca fundamentados na teoria das necessidades humanas básicas

Thaisa Remigio Figueiredo; Flávia Da Costa Rodrigues Lima; Liane Lopes De Souza; Catiuscia Rebecca Santos De Lira; Simone Maria Muniz Da Silva Bezerra

INTRODUÇÃO: Os diagnósticos de enfermagem são utilizados como método eficiente para guiar o planejamento das ações de saúde, durante a assistência ao paciente cirúrgico (Silva, 2012).
OBJETIVO: Identificar os diagnósticos de enfermagem no período pré-operatório de cirurgia cardíaca fundamentada na teoria das necessidades humanas básicas de Wanda Horta.
MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, de abordagem quantitativa, realizado em um hospital de referência em cardiologia no estado de Pernambuco. A análise estatística dos dados foi realizada através o software estatístico SPSS 20.0.
RESULTADO: Foram avaliados 24 pacientes adultos no período pré-operatório de cirurgia cardíaca, sendo 62,5% do sexo masculino, com idade média de 58,7 anos. Dentre os diagnósticos de enfermagem identificados, apresentaram frequências maiores que 50%, o Risco de infecção (100%), Risco para constipação (66,7%) e Ansiedade (54,2%).
DISCUSSÃO: A presença de preditores de infecção no pós-operatório cirúrgico, como os procedimentos invasivos realizados, permanência em ambiente hospitalar e a presença doenças crônicas (LEDUR et al, 2011) justificam o achado deste estudo onde 100% dos pacientes apresentaram diagnóstico de enfermagem de Risco para infecção.
CONCLUSÃO: A identificação dos diagnósticos de enfermagem no período pré-operatório de cirurgia cardíaca permite a determinação dos problemas reais e potenciais dos pacientes, frente aos problemas de saúde, contribuindo para a formulação de instrumentos que facilitem o planejamento de cuidados sistematizados de acordo com as necessidades básicas de cada indivíduo.

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