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CORRELAÇÃO CLÍNICO-CIRÚRGICA

Caso 2/2004 - Serviço de Cirurgia Cardíaca Pediátrica - Hospital de Base da Faculdade Estadual de Medicina de São José do Rio Preto

Ulisses Alexandre Croti; Domingo M Braile; André Luís de Andrade Bodini; Sírio Hassem Sobrinho

DOI: 10.1590/S0102-76382004000100016

DADOS CLÍNICOS

Paciente de 22 anos, sexo feminino, branca. Assintomática até os 16 anos, quando iniciou com quadro de cansaço aos mínimos esforços e palpitações. BEG, corada, acianótica, eupneica. Rítmica, bulhas normofonéticas com desdobramento constante e fixo de B2, sopro sistólico ++/6 em foco pulmonar. Pulmões com murmúrio vesicular presente e simétrico, sem ruídos adventícios. Abdome sem visceromegalias. Pulsos periféricos presentes e simétricos, sem diferencial de pressão nos membros.

ELETROCARDIOGRAMA

Ritmo sinusal, eixo elétrico do complexo QRS + 60º. Derivação V1 apresentando RSR', caracterizando bloqueio completo de ramo direito.

RADIOGRAMA

Índice cardiotorácico de 0,42 com aumento de átrio direito. Parênquima pulmonar com congestão vascular discreta.



ECOCARDIOGRAMA

Situs solitus em levocardia, conexões veno-atrial, atrioventricular e ventrículo-arterial concordantes.

Comunicação interatrial tipo ostium secundum de 17 mm, com aumento moderado de átrio direito e insuficiência valvar mitral discreta.

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

Deve ser pensado em defeito do septo atrioventricular parcial, drenagem anômala parcial de veias pulmonares e comunicação interatrial com doença obstrutiva pulmonar.

DIAGNÓSTICO

O ecocardiograma foi imperativo no diagnóstico e orientação do tratamento. Demonstrou adequadamente as características do defeito no septo interatrial, orientando para o tratamento operatório em detrimento da oclusão percutânea com utilização de prótese.

OPERAÇÃO

Toracotomia mediana transesternal. Instituição do auxílio de circulação extracorpórea e cardioplegia sangüínea. Abertura do átrio direito, identificado defeito no septo interatrial tipo ostium secundum, com bordas frágeis e perfuradas. Utilizada placa de pericárdio bovino para fechamento. Evoluiu sem complicações, recebendo alta hospitalar no 4º dia de pós-operatório em uso de furosemida, a qual foi suspensa após 30 dias.

Article receive on segunda-feira, 1 de dezembro de 2003

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